Equipe técnica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e comunitários representaram a Reserva da Biosfera da Amazônia Central (RBAC) no Encontro Nacional da Rede Brasileira de Reservas da Biosfera (RBRB) 2021. A agenda ocorreu entre os dias de 24 a 27 de novembro, em Fortaleza (CE).
Evento em Fortaleza reuniu representantes das sete Reservas da Biosfera brasileiras
O encontro, presencial e híbrido, reuniu cinco grandes eventos: 30ª Reunião Anual do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (CNRBMA); 21ª Assembleia Geral do Instituto Amigos da Reserva da Mata Atlântica; Seminário Internacional “A RBMA e a Agenda Global de Sustentabilidade”; Encontro da Rede Brasileira de Reservas da Biosfera e 1º Encontro da Rede Brasileira de Jovens Biosféricos.
”Foi um momento importante para compartilhar os avanços da gestão do Governo do Amazonas na Reserva da Biosfera da Amazônia Central, em especial o lançamento do Plano de Ação da RBAC, elaborado em parceria com a Unesco”, afirmou a secretária executiva adjunta da Sema, Fabrícia Arruda.
“Os jovens tiveram o desafio de compartilhar a realidade local nas plenárias. Agora, eles têm o desafio de multiplicar esses conhecimentos nas suas comunidades. Nosso objetivo é implantar uma rede local de jovens da RBAC”, disseram Miquéias Souza e Ádila Mattos, gestores das RDS Rio Negro e Puranga Conquista, respectivamente, que também participaram do evento.
Participação ribeirinha
No 1º Encontro da Rede Brasileira de Jovens das Reservas da Biosfera, Viceli Costa, 33, e Ricardo Valentim, 23, moradores das Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro e Puranga Conquista, respectivamente, tiveram o desafio de apresentar a realidade amazônica nos fóruns com outras seis reservas brasileiras, são elas: Caatinga, Cerrado, Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, Mata Atlântica, Pantanal e Serra do Espinhaço.
Reserva da Biosfera da Amazônia Central
A RBAC foi reconhecida pelo Programa MaB (sigla para “The Man And the Biosphere”, em português, “O homem e a Biosfera”), da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 2001.
Os jovens foram escolhidos como representantes da RBAC por conta do ativismo comunitário. Viceli Costa é presidente da Associação de Comunidades Sustentáveis (ACS) da RDS Rio Negro, e Ricardo Valentim é monitor da biodiversidade e Agente Ambiental Voluntário (AVV), na RDS Puranga Conquista.
As atividades referentes a RBAC foram retomadas na atual gestão do Governo do Amazonas, com a elaboração do Plano de Ação da Reserva da Biosfera da Amazônia Central (2021-2024), em parceria com a Unesco, lançado no dia 21 de setembro deste ano.
A reserva localiza-se na região central do Estado do Amazonas, compreendendo as bacias dos rios Uatumã, Negro, Solimões, Japurá, Içá e Juruá. Uma área total de 19 milhões de hectares, que cobre 31 municípios, sendo 30 do Amazonas, e um de Roraima.
A RBAC representa uma parcela significativa do bioma amazônico, com a segunda maior diversidade de peixes do Amazonas e os dois maiores arquipélagos fluviais do planeta, Mariuá e Anavilhanas. A região se destaca também pela forte expressão cultural das populações tradicionais, abrigando comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas.
O Plano de Ação da RBAC contribui para o desenvolvimento econômico de forma sustentável, por meio da pesquisa científica, da conservação da biodiversidade, da promoção social e da integração dos diversos agentes atuando em seu espaço.
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Por Agência Amazonas
FOTO: Divulgação/Sema