FOTOS: Divulgação/AdafIniciada no dia 1º deste mês, em oito municípios amazonenses, conforme o calendário nacional, a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa segue a todo vapor na cidade de Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros de Manaus). Responsável pelo maior rebanho, dentre as cidades que participam desta etapa, com 11.616 bovídeos (gado e búfalo), a cidade precisa imunizar 3,6 mil animais de zero a 24 meses, nesta campanha.
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Por Agência Amazonas
Com rebanho de 11,6 mil bovídeos, município precisa imunizar 3,6 mil animais com até 2 anos de idade
A coordenadora do Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa (Pnefa) no Amazonas, Joelma Silva, explica que o alcance satisfatório da cobertura vacinal é um dos parâmetros para retirar a vacinação contra a febre aftosa de todo o estado.
Além de Presidente Figueiredo, os produtores de Barcelos, Carauari, Juruá, Novo Airão, Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira e da sede de Tapauá têm até o dia 30 de novembro para vacinar seus rebanhos, e até dia 15 de dezembro para realizar a notificação junto à Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf). A estimativa é de que, no total, 7.350 bovídeos recebam o imunizante neste mês.
Orientação – O responsável pela Unidade de Sanidade Animal e Vegetal (Ulsav) de Presidente Figueiredo, veterinário Josué Monteiro, conta que as ações de orientação promovidas pela Adaf junto aos criadores têm garantido uma adesão positiva na cidade.
“Precisamos manter os índices vacinais satisfatórios, ou seja, acima de 90%, como o programa preconiza. Isso é um pré-requisito para fazer a suspensão da vacina no estado inteiro e substituí-la por ações de vigilância efetivas”, destacou. Encerrado o prazo de vacinação, os produtores terão ainda 15 dias para realizar a notificação.
Monteiro afirma que, em Presidente Figueiredo, apenas uma casa agropecuária autorizada realiza a comercialização da vacina. Cada frasco do imunizante tem autonomia para até 15 aplicações e custa, em média, R$ 44. “Os produtores maiores costumam realizar a compra em Manaus. Atualmente, 189 produtores possuem rebanho em idade vacinal”, afirmou.
“Estamos procurando os produtores e reforçando a importância da vacinação dos bovídeos. Nossa expectativa é alcançar 98% da taxa de imunização, lembrando que quem não realizar a vacinação agora será notificado, multado e obrigado a imunizar os animais depois”, destacou.
O médico veterinário da Ulsav de Presidente Figueiredo, Fábio Trindade, explica que a febre aftosa pode causar perda de produtividade e emagrecimento do rebanho, além da diminuição da produção de leite e na reprodução.
As vacinas devem ser mantidas em temperaturas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização, incluindo o transporte e a aplicação. Agulhas novas precisam ser utilizadas durante a aplicação, sendo preferível a realização do procedimento durante as horas mais frescas do dia.
Programa – Criado em 1992 e implantado no Amazonas em 2005, o Pnefa tem a expectativa de que, até 2026, o país adquira o status de livre de febre aftosa sem vacinação.
“Hoje o Amazonas está livre da febre aftosa com vacinação e vem caminhando para atingir esse status sem a vacinação, por isso o produtor rural deve vacinar seu rebanho. Isso torna os animais locais e nacionais valorizados no mercado externo, cada vez mais exigente no que se refere à sanidade animal”, enfatizou.
Concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o reconhecimento é o nível máximo de sanidade e defesa agropecuária, possibilitando o acesso do Brasil aos mercados mais exigentes para a compra de carne como, por exemplo, Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão.