Há 10 minutos
Por Agência Amazonas
Ao todo, 11 pessoas foram presas, armas de fogo apreendidas, drogas, dinheiro em espécie e diversos aparelhos celulares
FOTOS: Erlon Rodrigues e Divulgação/PC-AM
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 36ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Rio Preto da Eva (a 57 quilômetros de Manaus), desarticulou, nesta segunda-feira (18/10), por volta das 6h, uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas naquele município. Ao todo, 11 pessoas foram presas, sendo sete em cumprimento a mandado de prisão preventiva, três de prisão temporária e uma prisão em flagrante.
A ação policial ocorreu em vários bairros de Rio Preto da Eva, resultando também na apreensão de armas de fogo, substâncias entorpecentes, dinheiro em espécie e aparelhos celulares.
As prisões preventivas foram em nome de Alex Raimison Souza de Lima, 23, o “Cabeça”; Aline da Silva Regis, 36; Cleuson Rocha de Souza, 43; Luciana Ferreira Pedroso, 36, Oziel Costa de Souza, 36; Rafael dos Santos Soares, 23; e Samuel Vilaça Souza, 19.
Já em cumprimento a mandado de prisão temporária, foram presos Azenate Oliveira da Silva, 55; Janderson José de Freitas Bento, 32; Nayra Caroline Albuquerque de Almeida, 19. Na ocasião, Stanley Albuquerque, 40, foi preso em flagrante com maconha, oxi, cocaína e dinheiro.
De acordo com o delegado Henrique Brasil, titular da 36ª DIP, as investigações em torno desta organização criminosa iniciaram há cerca de cinco meses. Segundo ele, o grupo era liderado por “Cabeça”, que atuava na comercialização e distribuição de drogas naquele município.
“A organização criminosa era bem articulada, com funções bem definidas, sendo o ‘Cabeça’ líder do grupo, Cleuson o responsável pela distribuição de armas de fogo, e Azenate pela contabilidade e guarda do dinheiro proveniente dos crimes”, detalhou o delegado.
Investigação
Durante os meses de investigação, os policiais constataram que se tratava de uma organização criminosa ligada a um grupo de âmbito nacional com sede no estado do Rio de Janeiro, e seus principais fornecedores de entorpecentes eram provenientes daquele estado.
Ainda conforme o delegado, a organização liderada por “Cabeça”, possui informantes dentro de órgãos públicos, o que causou o vazamento da operação, culminando na antecipação dos cumprimentos das ordens judiciais. Henrique Brasil afirmou que as informações a respeito do vazamento já foram identificadas pela Polícia Civil e serão alvos de investigação.
“Um exemplo de infratores dentro de órgãos públicos é a participação de Oziel no esquema criminoso. Ele era guarda civil municipal, e além de comercializar entorpecentes, também repassava informações das quais tinha conhecimento em função de seu cargo. Oziel foi preso juntamente com a companheira dele, Luciana, por armazenar maconha e oxi na casa deles”, relatou o titular da 36ª DIP.
No decorrer da operação, além do cumprimento do mandado de prisão, Janderson também foi autuado por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Com ele foi localizado um revólver calibre 38, com cinco munições, sendo duas deflagradas e outras três intactas.
Ao todo, três mandados de prisão temporária, 14 de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Juiz Carlos Jardim, titular da comarca de Rio Preto da Eva. “Outras sete pessoas estão sendo procuradas por envolvimento na organização criminosa”, relatou.
Nome da operação
“Batizamos a operação como “Acéfalo”, visto que trata-se de uma cabeça sem cérebro e/ou inteligência, a partir do momento em que começa a envolver-se com o tráfico de drogas, neste município”, disse ele.
Procedimentos – Os 11 infratores permanecerão custodiados na carceragem da 36ª DIP à disposição da Justiça.