No evento, realizado no auditório do Novotel, no Distrito Industrial de Manaus, e com transmissão on-line, até esta quinta-feira (30/09), Aristóteles Neto ressaltou os desafios para uma implantação extensa de uso de energia limpa nas regiões remotas da região Norte, especialmente no estado do Amazonas.
Há 10 horas
Por Agência Amazonas
11ª Edição Especial do Fórum Regional de Geração Distribuída. Foto: Aristóteles Neto Durante a 11ª Edição Especial do Fórum Regional de Geração Distribuída, na noite de quarta-feira (29/09), o engenheiro da Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Ciama), especialista da área, Aristóteles Neto, compôs o Meeting sobre o Panorama Atual da Situação Energética da Região Norte do Brasil e defendeu um modelo híbrido de uso de energia, em áreas remotas do Amazonas.
“Aqui no Amazonas, o uso de sistemas fotovoltaicos off gride, por exemplo, que são aqueles com bateria, podem ser adaptados a regiões remotas e levar energia àquelas comunidades afastadas do eixo urbano, um recurso que casa perfeitamente com a nossa realidade, mas que ainda não encontrou meios de se efetivar”, completou.
Investimentos
“Todos os investimentos em hidrelétricas no Brasil, nos últimos dez anos, estão localizados na região Norte, mesmo nossa região sendo a mais propícia para o desenvolvimento da energia renovável; infelizmente, continuamos penalizados pela dificuldade de logística e de infraestrutura”, disse, destacando o grande potencial da região.
O Marco Legal da Geração Distribuída, PL 5829 – que está sob apreciação do Senado Federal – e a dificuldade de capacitação de recursos humanos no Amazonas, diante da demanda pujante, também foram abordadas durante o painel, moderado pelo jornalista Paulo César Tiemann.
Impacto do uso do diesel e marco legal
Na oportunidade, também foi discutida a situação do Amazonas diante do cenário do restante do país, tendo em vista que apesar de toda a política de sustentabilidade e preservação do Amazonas, o estado possui 6 mil regiões remotas e 95 dos 290 sistemas isolados, consumindo cerca de 400 milhões de litros de óleo diesel por ano, fora os custos de transporte.
“Eles não querem mais utilizar motor a óleo diesel, a ideia é utilizar a energia solar, e nós cremos que, a princípio, o melhor é adotar um modelo híbrido, ou seja, ao invés de utilizar o diesel para gerar energia o dia inteiro, esse combustível seria utilizado somente nos horários onde não teria geração de energia por meio da energia solar. Das 7 horas às 17 horas (pelo menos 10 horas por dia), haveria o uso da energia limpa do sol, gerando impacto positivo com uma maior utilização de energia não poluente, sem queima de óleo diesel”, explica o engenheiro.
Modelo híbrido diesel/energia solar
De acordo com Aristóteles Neto, o próprio Ministério de Minas e Energia já colocou como providência, nas próximas ações da concessionária de energia do Amazonas, o uso primário de energia solar nesses lugares mais isolados.
Também participaram da discussão os especialistas Aurélio Souza (Usinazul), Carlos Evangelista (ABGD), Carlos Café (Aevo Solar), Guilherme Chrispim (presidente do Conselho ABGD), Wilson Negrão (Gedae/UFPA) e Caroline Silveira (Bemol).
O evento reúne especialistas e pesquisadores da cadeia produtiva do setor de Geração Distribuída com Fontes Renováveis no Norte do Brasil, sob o enfoque de oportunidades de negócios, discussão de barreiras regulatórias, impedimentos jurídicos, tecnologias inovadoras, financiamento, capacitação e perspectivas de crescimento.
Mais informações sobre o Fórum: https://www.forumgdnorte.com.br/site/evento/https://www.forumgdnorte.com.br/site/evento/