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Por Agência Amazonas
Pacientes portadores de estomia no Amazonas. Foto: Rodrigo Santos/SES-AMA Policlínica Codajás, unidade da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), por meio do programa de Cuidados à Pessoa com Estomia, realizou de setembro de 2020 a agosto de 2021, cerca de 600 reavaliações de pacientes que utilizam equipamentos de estomia no Amazonas.
Com a parceria entre Governo do Amazonas e Governo Federal por meio do programa Viver sem Limites, 1.021 pacientes são atendidos pelo Centro Especializado de Reabilitação (CER III), localizado na unidade de saúde, sendo o único que fornece o equipamento de estomia para todo o Amazonas.
A coordenadora do CER III, Adriana Miranda, explica que cada paciente usa um tipo de equipamento específico conforme a adaptação necessária. “Quando um paciente chega para nós, ele passa por uma equipe multiprofissional, que irá avaliar e realizar as orientações necessárias e também ter a prescrição do equipamento que condiz com a especialidade dele, para que possa usar a bolsa adaptada para o tipo dele. Por isso temos um centro exclusivo de dispensação de bolsas e estamos, constantemente, verificando se está tudo certo”, esclareceu.
Além dos novos pacientes, acontece a busca ativa daqueles que precisam de reavaliação, que deve ocorrer anualmente, conforme orientações do programa. Neste caso é feito um agendamento de nova consulta avaliativa.
A enfermeira estomaterapeuta, Carla Virgínia, esclarece que foram resgatados pacientes de 2013, que passaram por nova reavaliação e receberam novo modelo de bolsa, conforme a necessidade individual.
“Montamos um portfólio de tipos de equipamento baseado no perfil dos nossos pacientes, por meio de pesquisa de adaptação e levantamento do perfil dos pacientes cadastrados no programa. Hoje temos a informação do equipamento cadastrado e o que melhor se adaptou em cada um. Temos maior diversidade, e é feito o pedido conforme a necessidade avaliada”, disse.
Caso um paciente não esteja devidamente adaptado à bolsa utilizada, ele pode ir diretamente na recepção do CER III para agendar reavaliação com a enfermeira.
Conquistas
O paciente Mauro Coelho, de 45 anos, está no programa há 25 anos e foi um dos primeiros a participar da entrega de bolsa de estomia. Antigamente, ele conta, elas eram entregues em uma distribuidora mediante recibo, sem que houvesse qualquer acompanhamento especializado.
“Graças a Deus tem esse programa do Ministério da Saúde e Governo do Estado. Tivemos muitas conquistas ao longo desses anos, e hoje a Policlínica Codajás entrega um material que é bom. Eu me sinto feliz em ter esse material, sem pagar nada, toda atenção dos profissionais do programa, e por conta disso tenho minha vida com qualidade”, declarou.
Existem os pacientes que utilizam a bolsa de forma temporária. Estes, conforme avaliação médica, terão parte do corpo reconstruído. Já os definitivos têm o uso da bolsa de estomia para toda vida.
Hoje, uma caixa de bolsa de estomia com 10 unidades custa em média R$ 450 no mercado local. Na Policlínica Codajás, este equipamento está disponível de forma gratuita, pago com recursos do Governo Federal e contrapartida do Estado. São 40 tipos de bolsas, divididas em 15 modelos para urostomia e 26 modelos para colostomia.
Equipe multiprofissional
O diretor-geral da Policlínica Codajás, o fisioterapeuta Ráiner Figueiredo, ressalta que, além da distribuição de bolsas, o programa ainda disponibiliza uma equipe formada por multiprofissionais. “Aqui eles são recebidos por enfermeira estomaterapeuta, psicólogo, assistente social, nutricionista, proctologista, para que junto a eles possam ter mais saúde e atendimento humanizado”, afirmou.
O programa atende em portas abertas. Os interessados em utilizar o serviço podem dirigir-se à Policlínica Codajás munidos com encaminhamento médico, boletim de alta, cópia do RG, CPF, comprovante de residência e cartão do SUS.