São snipers, mergulhadores, operadores táticos e rurais inseridos em locais de fronteira e grandes rios, como o Solimões e o Negro. As ações, exigem altíssimo treinamento por conta da complexidade das operações, em sua maioria estão relacionadas ao combate ao narcotráfico.
Há 25 minutos
Por Agência Amazonas
Companhia de Operações Especiais. Foto: Pelegrine Neto e Acervo SSP-AMOperações especiais de contraterrorismo, patrulhamento em áreas de alto risco, gerenciamento de crise, e ação em eventos críticos. É nestes cenários que os policiais militares da Companhia de Operações Especiais (COE) são empregados. Há três décadas, a tropa de elite da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) desempenha um papel fundamental e único nas operações especiais, nos ambientes rurais e de selva.
O comandante da COE, capitão Ladislau Szezypior Neto, relembra a criação e a primeira configuração da companhia no policiamento do Amazonas, ainda com outro nome, na década de 1990.
Para realizar ações dessa natureza, a COE utiliza processos a pé, por terra, motorizado, náutico e aéreo para deflagrar ações em eventos extraordinários que extrapolam a capacidade operacional das demais unidades e batalhões da PM. No meio urbano, os agentes da COE atuam no patrulhamento em locais de alto risco. Possuem todas as alternativas táticas dentro de um cenário de crise, tais como a negociação policial, tiro de comprometimento e intervenção tática. E também atuam nas ações de contraterrorismo.
Simbologia e filosofia
Os militares do COE usam a caveira como símbolo e assim são conhecidos. A caveira representa o raciocínio, inteligência e a missão para as “Operações Especiais”. A faca na caveira simboliza a vitória da vida sobre a morte. Um “caveira” tem que seguir 11 mandamentos essenciais ao desempenho de sua função: agressividade controlada, controle emocional, disciplina consciente, espírito de corpo, honestidade, iniciativa, lealdade, liderança, perseverança e versatilidade.
“Devido à necessidade de emprego de armamento, equipamentos e homens com treinamento especial, foi criado o Grupamento de Operações Especiais (GOE), em 1990, formado por policiais militares e policiais civis, para atuar em ocorrências especiais”, relembrou.
Treinamento
A COE conta com 40 policiais militares que operam com o objetivo de preservar e restaurar a ordem pública, salvar vidas e aplicar a lei. Mas, para agir em ações deste nível, os policiais são treinados e capacitados em cursos de exigências altamente rigorosas, o curso de Operações Especiais (Coesp) e o de Ações Táticas Especiais (Cate).
Atualmente, a COE é formada por um seleto grupo de militares: os Caveiras e Cateanos, que fazem da Companhia de Operações Especiais a sua filosofia de vida, pautados na integralidade e no respeito a suas funções.
Parcerias
Os policiais da COE atuam em parceria com diversos órgãos, cooperação motivada pela amplitude e complexidade das ações que estes militares executam. Uma das parcerias acontece na Operação Hórus, dentro do Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas (Vigia), projeto estratégico do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Governo Federal.
Os treinamentos ocorrem no Amazonas, porém a COE conta com vários policiais formados em outras regiões do país, com intuito de adquirir novas doutrinas e conhecimentos.
Também existe colaboração em missões com a Marinha do Brasil. A Companhia ainda atua na Base Fluvial Arpão, próximo ao município de Coari (a 363 quilômetros de Manaus). Outros órgãos do Sistema de Segurança Pública do estado, que operam em conjunto com a COE, são o Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), além do Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera), da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).