Há 52 minutos
Por Agência Amazonas
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) e a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) assinaram nota técnica conjunta com orientações e recomendações visando a ampliação da cobertura vacinal do grupo de gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto) na Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19.
Entre as estratégias recomendadas aos municípios está a implantação de sala de vacina para esse público nas maternidades, em hospitais gerais com sala de parto, bem como nas unidades que realizam o pré-natal, como as Unidades Básicas de Saúde (UBS), e em outras instituições públicas, militares, privadas e filantrópicas. A vacinação será implantada apenas naquelas unidades que possuem sala de vacinação ativa.
A SES-AM esclarece que as maternidades estaduais têm salas de vacina e só aguardam a disponibilização das doses pelos municípios para o início da vacinação.
A nota técnica foi definida após reuniões com a Secretaria Municipal de Saúde da capital (Semsa Manaus), SES-AM e FVS-RCP. O objetivo é aumentar a cobertura vacinal nesse grupo prioritário, ampliando a oferta para reduzir a morbimortalidade obstétrica associada à infecção por Covid-19.
Nas UBSs, a vacinação deverá seguir a regularidade da imunização habitual das gestantes na rotina do pré-natal. A vacina neste grupo deve respeitar o intervalo de 14 dias entre as demais vacinas do calendário vacinal da gestante.
A vacina está disponibilizada para grávidas, em qualquer momento da gestação, e puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto), com idade a partir de 18 anos.
As vacinas indicadas para grávidas e puérperas são as produzidas pelos laboratórios Sinovac/Butantan (CoronaVac) e Pfizer (Comirnaty), que não possuem vetor viral na sua composição. Outra orientação é que seja respeitado o intervalo entre a primeira e a segunda dose, sendo de 28 dias para a CoronaVac e de 90 dias para a vacina da Pfizer.
Intercambialidade
Conforme recomendação do Ministério da Saúde, é permitida a intercambialidade de vacinas quando não for possível administrar a segunda dose com uma vacina do mesmo fabricante, seja por contraindicações específicas ou por ausência daquele imunizante no país. A segunda dose deverá ser administrada no intervalo previamente aprazado, respeitando o intervalo adotado para o imunizante utilizado na primeira dose.
Nas gestantes e puérperas, a partir de 18 anos, vacinadas com a primeira dose da vacina AstraZeneca/Fiocruz, deverão ser usadas na segunda dose as vacinas dos laboratórios Sinovac/Butantan (CoronaVac) e Pfizer (Comirnaty), conforme a disponibilidade na sala de vacina.
Além da vacinação, a FVS-RCP reforça a importância das medidas de proteção para evitar a contaminação pela Covid-19, como uso correto das máscaras, lavagem das mãos, uso de álcool em gel e etiqueta respiratória.
Até o dia 2 de agosto, da população contemplada no grupo prioritário de gestantes e puérperas, estimada em 42.812, 15.110, somente 4,1% receberam o esquema completo de vacinação; 31,2% receberam a primeira dose, e 13,1% a segunda dose. Os dados epidemiológicos revelam que 2.558 gestantes foram infectadas pela doença desde o início da pandemia no estado.