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Por Agência Amazonas
Cetam forma empreendedores. Foto: DivulgaçãoO curso Técnico em Gestão do Desenvolvimento Sustentável, oferecido pelo Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) aos moradores da Comunidade do Punã, no município de Uarini (a 565 quilômetros de Manaus), visa qualificar essa população em atividades empreendedoras que aproveitem o potencial da região e gerem emprego e renda.
A qualificação foi uma demanda específica solicitada pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), que atua no apoio à comunidade. O Cetam deu início à formatação do curso e convidou parceiros como Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Secretaria e Ministério do Meio Ambiente para, juntos, construírem o conteúdo aplicado.
A intenção do Governo do Amazonas, por meio do Cetam, é contribuir com as comunidades, levando esse curso para que consigam alavancar e desenvolver as cadeias produtivas já existentes na comunidade. Atualmente, as aulas do curso ocorrem de forma remota e ele possui carga horária de 1.200 horas.
“Serão formados líderes para que atuem na comunidade, buscando a sustentabilidade e melhores condições na saúde e educação, entre outros segmentos”, ressaltou o diretor-presidente do Cetam, José Augusto de Melo Neto.
O curso procura preencher uma lacuna de profissionais habilitados para fazerem a gestão de programas e projetos voltados ao alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), cujas metas estão previstas para serem alcançadas até 2030.
De acordo com o coordenador de projetos especiais do Cetam, Glauco Barros e Silva, a formação visa apresentar metodologias para que a diversidade de recursos naturais, existente na região, possa ser explorada de forma sustentável a fim de garantir maior geração de renda às famílias, melhorando a qualidade de vida.
Para a professora Iasmin Paranatinga, que ministra a disciplina Práticas Profissionais I, voltada à elaboração de projetos sociais e ambientais, o curso é muito importante para os moradores do Punã pois a população, na região, é ávida por conhecimento e busca a melhoria de vida de todos na comunidade.
“É um povo muito trabalhador, que tem vontade de aprender, desenvolver e possui grande conhecimento tradicional que não pode ser descartado. É um público que quer melhorar a condição na qual está inserido”, comentou.
Após o curso, os 55 alunos estarão qualificados para desenvolver projetos e programas que levem à melhoria da qualidade de vida na comunidade. Na opinião do aluno Luiz Macário, o curso é mais uma ferramenta para o desenvolvimento econômico da região, sem agredir a natureza.
“Manter a floresta preservada e desenvolver o potencial sustentável para a economia é um dos nossos objetivos com o curso técnico, que nos orienta nesse caminho”, destacou o aluno, que reside na comunidade desde 1980 e não pensa em sair da região.