A operação é uma soma de esforços entre a União – por meio do MJSP, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério do Desenvolvimento Regional – e estados para a preservação dos biomas. Além do Amazonas, o plano contempla 11 estados nos biomas da Amazônia, Cerrado e Pantanal, e prevê 6 mil servidores atuando de forma conjunta. A iniciativa é pioneira e conta, diretamente, com polícias militares e Corpo de Bombeiros.
Há 23 minutos
Por Agência Amazonas
Lançamento do ‘Guardiões do Bioma’. Foto: Isaac Amorim/MJSP e Diego Peres/SecomO governador Wilson Lima participou, nesta quinta-feira (22/07), do lançamento do primeiro Plano Estratégico Operacional de Atuação Integrada no Combate a Incêndios Florestais – Guardiões do Bioma, na sede do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em Brasília. Durante a agenda oficial, Wilson Lima destacou a atuação do Governo do Amazonas na repressão ao desmatamento ilegal neste ano.
“A agenda que nós tivemos no Ministério da Justiça foi para o lançamento de um programa de combate ao desmatamento e às queimadas nesse período em que a gente começa o verão amazônico. É importante a gente combater esses atos criminosos, que são ilegais. Levando em consideração que a gente tem trabalhado muito para garantir ao trabalhador, para garantir ao pessoal da agricultura familiar, todo seu licenciamento ambiental e para que tenham todas as condicionantes para que possam produzir”, disse o governador.
As ações integradas são importantes para combater os ilícitos ambientais, segundo o governador Wilson Lima.
O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite, também participou do lançamento do plano. “Nós precisamos antecipar a ação e com o lançamento desse plano podemos mostrar para os brasileiros e para o mundo essa ação conjunta do governo federal no combate aos crimes ambientais”, disse o ministro.
Combate
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, destacou o apoio dos estados que estão engajados em apoiar a operação. “Nosso trabalho não será só de ajudar a apagar os incêndios, mas também responsabilizar os criminosos que atuam nessas áreas”, destacou.
Até o dia 2 de julho, as áreas de gestão federal representavam 76% de toda área desmatada no Amazonas em 2021, entre assentamentos federais (320,50 km²), glebas federais (406,77 km²) e Unidades de Conservação Federais (9,15 km²), conforme dados do Sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Ações do Estado
Desde o início de abril, o Governo do Amazonas atua na repressão ao desmatamento ilegal, por meio da Operação Integrada Tamoiotatá. Está em curso a sétima fase de ações dessa operação no sul do Amazonas. O foco é nas cidades de Lábrea e Apuí, que figuram entre os municípios mais vulneráveis da Amazônia Legal, em decorrência de ocupações irregulares em áreas públicas, em especial, em áreas da União.
Em maio, o governador decretou Situação de Emergência Ambiental na Região Metropolitana de Manaus e anunciou a adesão do Amazonas à GLO do Governo Federal. A formação de brigadistas é uma das estratégias do Governo do Amazonas para fortalecer as frentes de combate, aliada à prevenção
Na última semana, representantes do Governo do Amazonas estiveram em reunião com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), para viabilizar a integração das agendas de combate aos ilícitos ambientais. Em paralelo, o Amazonas enviou um ofício ao Governo Federal formalizando a adesão do Estado à Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que permite a ação das Forças Armadas no combate a crimes ambientais em território amazonense.
Ao todo, o Governo do Estado já formou 145 brigadistas em seis municípios do sul do Amazonas, e até o mês que vem serão 200 nos nove municípios da região sul do estado.