Com o objetivo de articular e fortalecer a Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) na região do Alto Solimões, com foco em ações propostas dentro do Projeto Parque Floresta Alto Solimões (antigo Parque Tecnológico Alto Solimões), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Inovação (Sedecti), realizou uma série de reuniões com lideranças indígenas e outras organizações naquela região.
As reuniões foram coordenadas pela secretária executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sedecti, Tatiana Schor, durante esta semana, na sede do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), em Atalaia do Norte
“Fizemos reuniões com representantes kokamas para discutir questões do Parque Floresta Alto Solimões. Nossa ideia é o fortalecimento da Ciência, Tecnologia e Inovação junto a essas associações e organizações. Também realizamos uma reunião com a Associação de Mulheres Artesãs Indígenas (MAI), quando tratamos sobre possibilidades de atendimento às demandas delas. Atalaia é um lugar que precisa muito de investimento na parte de fortalecimento de CT&I”, declarou a secretária.
Ainda na agenda, Tatiana Schor reuniu com o vereador Analimar Kanamari, que expôs algumas demandas urgentes daquele município. Outras articulações também fizeram parte das pautas, como: tratativas com as associações e cooperativas produtoras kokamas e de outros povos indígenas, além das mulheres indígenas do Vale do Javari.
“A vinda da secretária Tatiana Schor abriu caminhos e possibilidades para alternativas sustentáveis para os povos indígenas de Atalaia do Norte. Foi de grande importância e aprendizado. Agora precisaríamos de parcerias para as ações fluírem e poder trazer benefícios para a nossa população”, ressaltou Analimar Kanamari.
As escutas ativas realizadas pela Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), órgão vinculado à Sedecti, no Alto Solimões, fazem parte de um conjunto de ações que têm por objetivo apoiar as organizações de base da região daquela região.
“Entendemos que se deve valorizar os saberes da floresta, das populações ribeirinhas e indígenas e trazer esse tipo de diálogo entre a Ciência, a Tecnologia e a Inovação bem mais próximos aos saberes locais. Estamos atuando para a instalação desse Parque na região e contamos com o apoio de instituições importantes como o Instituto Federal do Amazonas (Ifam), a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) de Tabatinga e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) de Benjamin Constant”, explicou Tatiana.
Parque Floresta
O Projeto do Parque Floresta é uma iniciativa da Sedecti, por meio da Secti. O Projeto conta com o aporte de aproximadamente R$ 4,2 milhões, em um convênio com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), por meio da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), repassado para a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e que também conta com a coordenação da Sedecti.
As ações do Projeto acontecem nos municípios de Benjamin Constant e Tabatinga, próximos às fronteiras com Colômbia e Peru. A sede do Projeto funciona no Instituto de Natureza e Cultura (INC) da Ufam, em Benjamin Constant.
O Parque Floresta Alto Solimões tem como objetivo incentivar o ecossistema de inovação na região do Alto Solimões, localizada a sudoeste do Estado do Amazonas. O Projeto propõe contribuir para a criação de novos negócios, voltados, principalmente, para a geração de valor a partir do uso sustentável da biodiversidade da região, com desenvolvimento e comercialização de produtos de alto valor agregado, como: biocosméticos, fitoterápicos e alimentos nutracêuticos, elaborados com insumos da Amazônia e com alta demanda de mercado no Brasil e no exterior.