A operação teve início nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (06/07). Foram cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão na capital e no município de Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus).
Há 57 minutos
Por Agência Amazonas
Segurança Pública do Amazonas. Foto: Carlos Soares/SSP-AMCoordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), em conjunto com a Polícia Militar (PMAM), deflagrou a operação “Aliquam”, que resultou na prisão de membros de uma organização criminosa suspeita de aplicar golpes milionários no Banco do Brasil.
Na ação, foram apreendidos R$ 7.130, dois rádios comunicadores, quatro motocicletas, um veículo modelo pick-up, documentos de “laranjas”, cartões e máquinas de cartões.
Ao todo, cinco homens foram presos. Entre eles, um funcionário dos Correios. Um dos líderes da quadrilha, identificado como Donis Monteiro Ferreira, de 22 anos, está foragido. Segundo as investigações, a organização criminosa causou um prejuízo para o Banco do Brasil nos valores que variam entre R$ 300 mil a 500 mil.
“Essa foi uma operação desencadeada em cima de investigações que estavam sendo feitas e foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e prisão, com objetivo de combater esse crime virtual que estava acontecendo em Manacapuru. Nós tivemos um acréscimo durante a pandemia no número de crimes cibernéticos e essa é uma resposta da Polícia Civil em combate a esse crime”, afirmou.
Segundo o secretário de Segurança Pública, coronel Louismar Bonates, esta foi uma operação integrada, com 140 policiais civis e militares, que alcançaram resultados exitosos em combate à criminalidade.
“Iniciamos as investigações, mas percebemos que havia fraudes financeiras e, como apoio técnico, começamos a integrar as ações com a Especializada em Defraudações. Essa quadrilha agia da seguinte forma, eles usavam o aplicativo do banco para solicitar empréstimos, vários empréstimos, e dividiam o dinheiro com os laranjas, que eles utilizam os nomes e dados para praticar o crime. Além desses dados, eles também falsificavam informações para conseguir sacar o valor”, informou.
Investigações
Conforme o delegado Heron Ferreira, titular da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), as investigações iniciaram após registro de uma denúncia crime do jurídico do Banco do Brasil, em fevereiro deste ano, informando sobre os golpes sofridos.
“Eles chegavam a realizar, no aplicativo do banco, 20 a 30 cadastros por dia na tentativa de solicitar valores, um volume muito grande, e esse funcionário dos Correios era um braço da organização criminosa que desviava os cartões solicitados e entregava ao líder da quadrilha. O dinheiro adquirido com o golpe era utilizado para comprar bens próprios como veículos, viagens. Os presos são líderes da organização criminosa”, relatou.
De acordo com o delegado Denis Pinho, titular da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD), os membros da organização criminosa cooptavam “laranjas”, geralmente pessoas humildes, com proposta de dividir os valores dos empréstimos. Os suspeitos solicitavam entre R$ 5 mil e R$ 10 mil para o banco, fraudavam documentações e ficavam com 30% do valor do empréstimo e o restante eles pagavam os “laranjas”.
Todos foram presos em cumprimento a mandado de prisão temporária pelo crime de estelionato e organização criminosa.
Presos
Idioney da Silva Lima, 31 anos, Carlos Daniel Andrade, 19 anos, Diogo Wanderley Gomes da Silva, 35 anos, Rosivaldo Oliveira Magalhães (funcionário dos Correios), 47 anos, e Matheus dos Santos Teixeira, 25 anos.