Criminosos já realizam golpes on-line através de aplicativos de mensagens, usando o Pix como ferramenta para enganar as pessoas. O titular da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), delegado Heron Ferreira, relata que os golpistas tentam se passar por comerciantes e enviam mensagens de pagamento falso, desviando o dinheiro da vítima para a sua conta bancária.
Há 43 minutos
Por Agência Amazonas
Criado pelo Banco Central, em outubro de 2020, o Pix é uma forma de pagamento instantâneo, que possibilita transferências bancárias de uma conta para outra, a qualquer hora ou dia em questão de segundos. Porém, essa nova ferramenta pode trazer vários prejuízos se for usada de forma errada e sem atenção para a segurança.
O sistema estadual de segurança pública do Amazonas não possui estatísticas específicas sobre o número de crimes desta natureza. O crime se enquadra na modalidade de estelionato pela internet.
“Os criminosos mandam uma mensagem no seu Whatsapp se passando por uma empresa. Geralmente ele sabe que você possui um débito com a empresa e manda um Pix dizendo que está realizando uma promoção. Só que o pagamento vai direto para a conta bancária do estelionatário, que geralmente é falsa”, disse.
Se passando por um parente seu: O criminoso usa dados pessoais como fotos, números de telefone de um indivíduo próximo da vítima, quando tenta convencê-la de que faz parte de seu convívio, e pede a transferência de grandes quantidades de dinheiro.
Outros tipos de golpe do Pix
Uso do QR Code falso: Geralmente, o golpista manda para vítima um código de barras eletrônico para a realização de pagamentos ou colaboração, se passando por um amigo ou conhecido. Porém, o código com o valor gerado acaba sendo direcionado ao golpista.
Como evitar
A legislação prevê pena de detenção de três meses a um ano para quem cometer esse tipo de crime. Em todos os casos, a recomendação é desconfiar e ter muito cuidado com todas as informações recebidas e solicitadas. “A prevenção dos crimes virtuais inicia no alerta da própria vítima. Ao receber esses tipos de mensagem desconfie, cheque, ligue, o usuário do Pix tem que está sempre em alerta”, conclui o delegado.
“O golpista se envolve com a vítima e no final da conversa ele sente a segurança de realizar o pedido da transferência bancária. Muitas dessas transferências podem chegar ao valor de R$ 5 a 10 mil, já tivemos um caso onde a vítima realizou um depósito de R$ 36 mil”.
Registro de ocorrências
Em casos do golpe do Pix, é importante registrar um Boletim de Ocorrência (BO), através da internet no site www.delegaciainterativa.am.gov.br ou, ainda, na delegacia mais próxima de sua residência. Após a denúncia, os procedimentos criminais serão instaurados.