Em Parintins, neste fim de semana, o titular da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz, acompanhou a execução de projetos contemplados na Lei Aldir Blanc no município. Neste sábado (26/06), com a presença do governador Wilson Lima, conheceram o monumento artístico “Eu Amo Parintins”, idealizado por Miguel Carneiro dos Santos, com apoio do Coletivo de Artistas e Estudantes (Artrua); e do “Escultura”, do artista Iran Martins, que apresenta esculturas em grande proporção.
Na sexta-feira (25/06), o secretário participou do lançamento do documentário “Revelando a Fábrica de Sonhos do Festival de Parintins” e conheceu o Centro de Memória e Documentação da Associação Folclórica Boi-bumbá Caprichoso.
“Estamos acompanhando as atividades dos projetos contemplados nos editais Prêmio Feliciano Lana e Prêmio Encontro das Artes, por meio da Lei Aldir Blanc, com a proposta de fortalecer as políticas públicas culturais no interior do Estado”, afirma Marcos Apolo. “Também conversamos com os artistas para entender a dinâmica de cada trabalho e, conforme a realidade deles, oferecer apoio em diferentes frentes”.
Projetos
O documentário “Revelando a Fábrica de Sonhos do Festival de Parintins” foi idealizado por Júnior de Souza, que faleceu em março, vítima de Covid-19, e teve continuidade com o filho do artista plástico e cenógrafo, Pablo de Souza, na direção.
A iniciativa busca a reafirmação histórica da cultura parintinense, a partir de 45 entrevistas com membros de Caprichoso e Garantido, desde figurinista ao presidente do Conselho de Arte dos bumbás. A produção do documentário conta ainda com Elenice Mourão e Mblack Marialva.
“É um documentário técnico e científico amplo, meu pai sabia o que cada pessoa fazia dentro do espetáculo. Quando ele pensou nesse projeto, tinha a proposta de ajudar a entender como é o processo construtivo do festival, então o projeto vem em cima disso e, a partir daí, as pessoas vão ter ainda mais orgulho dessa festa, que é patrimônio cultural do Brasil, reconhecido no mundo todo”, comenta Pablo de Souza.
Júnior de Souza, conhecido como ‘o considerado’, tinha 25 anos de experiência no Festival Folclórico de Parintins, além de participações em grandes manifestações culturais pelo País. Como artista de ponta, trabalhou de 1997 a 2014 no Garantido e de 2015 a 2018 no Caprichoso.
O Centro de Memória e Documentação da Associação Folclórica Boi-bumbá Caprichoso, inaugurado em janeiro deste ano, no curral Zeca Xibelão, propõe o reconhecimento do complexo cultural dos bois-bumbás no médio Amazonas como Patrimônio Imaterial Nacional, a continuidade dos saberes e fazeres ligados às festas; e o compromisso de preservar um diversificado leque de fontes documentais, que testemunham a trajetória dos bumbás, memórias de seus brincantes, artistas e dirigentes.
“Estruturamos o espaço para criar uma base de documentação e um lugar de referência sobre os bumbás. Além do centro, teremos tudo no digital no site do Caprichoso e a nossa expectativa é que, em dois anos, mais de 20 mil vídeos estejam disponíveis para o público”, conta Diego Omar, historiador e membro da Comissão Artística do Boi Caprichoso. “Vamos disponibilizar fotos, revistas, encartes de CD, tudo que estamos recebendo dos membros e também de torcedores para contar essa história”.
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Por Agência Amazonas
Foto: Michael Dantas