“O pau-rosa é uma espécie nobre, um ícone amazônico, cujo óleo serve de matéria-prima para fixador de perfumes, mas o produtor precisa de apoio para investir nesse plantio. Para isso, nós precisamos conhecer a realidade do produtor e identificar o melhor método para viabilizar essa alternativa. Nossa ideia é distribuir mudas, semelhante a como estamos fazendo com o açaí em Borba”, comentou o diretor-presidente do Idam, Valdenor Cardoso.
Técnicos do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) realizaram uma visita à agroindústria Mattoso Extratos da Amazônia, em Itacoatiara (a 176 quilômetros em linha reta de Manaus), a fim de avaliar o trabalho que vem sendo realizado com o uso de pau-rosa (Aniba sp) para a produção de óleos essenciais. O objetivo é buscar uma parceria, que viabilize o plantio da espécie como fonte de renda para os produtores familiares da região.
Trabalho que vem sendo realizado com o uso de pau-rosa (Aniba sp) para a produção de óleos essenciais. Foto: Divulgação / IdamPara o gerente de Apoio à Produção Não Madeireira do Idam, Luiz Rocha, o pau-rosa é uma das espécies com maior potencial econômico na região. Segundo ele, a instalação desta agroindústria oferece uma garantia de compra de matéria-prima para os agricultores que queiram plantar pau-rosa.
Durante a visita, os técnicos do Idam se encontraram como o empresário Eduardo Mattoso, dono da agroindústria, e conheceram os projetos e experimentos realizados pela empresa, com o plantio sustentável de pau-rosa e outras árvores nativas. Os técnicos também dialogaram com Mattoso sobre uma parceria, entre o Idam e a agroindústria, para fomentar o plantio de pau-rosa e outras espécies aromáticas na região.
Pau-rosa
Uma espécie nativa da região amazônica, o pau-rosa se destacou em décadas passadas por sua relevância econômica, mas a extração predatória levou a espécie a entrar em risco de extinção. Atualmente, o plantio ecológico através de métodos agroflorestais não-destrutivos se apresenta como uma alternativa de desenvolvimento econômico sustentável para o estado.
“O que observamos em campo é que é possível plantar espécies nativas da Amazônia e obter renda com um produto de boa qualidade. Queremos formar uma parceria com essa empresa e levar todos esses conhecimentos desenvolvidos para agricultura familiar, para que esses agricultores possam plantar o pau-rosa em suas propriedades e ter fonte de renda, com a venda dessa matéria-prima para a agroindústria”, disse Luiz.
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Por Agência Amazonas
Foto: Divulgação / Idam