O rio Negro atingiu em Manaus, neste sábado, 5/6, a marca de 30 metros, sendo a maior cheia em 119 anos. A Prefeitura de Manaus vem se preparando desde o início da gestão do Prefeito David Almeida para uma cheia acima de 30 metros, como estava previsto pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), e já atende aproximadamente 4 mil famílias afetadas pela subida do nível do rio, em 15 bairros. A medição do nível das águas do rio Negro é realizada desde 1902. Desde que começou essa medição, 2012 havia sido marcado pela maior enchente da história da capital, com 29,97m.
“Na terça-feira atingimos a marca histórica de 29,98m, colocando essa cheia como a maior dos últimos 119 anos, e hoje chegamos à cota de 30 metros. Mas a prefeitura se preparou para isso. Estamos atendendo a população de forma digna, construindo pontes de madeira e de ferro como nunca se viu antes nessa cidade. Estamos pagando auxílio para as famílias mais afetadas no valor de R$ 1 mil e, de forma inédita, fizemos em cima de uma balsa a primeira feira flutuante do Brasil, trazendo mais dignidade, para os permissionários da Manaus Moderna que tiverem os seus boxes invadidos pela água. O trabalho da prefeitura não para”, destacou o prefeito David Almeida.
Atuando nas áreas atingidas pela cheia, a Casa Militar, coordenando a Defesa Civil municipal, tem atendido diariamente a demanda de várias famílias que vivem em áreas afetadas, buscando minimizar os impactos causados pela subida do rio. No período de 50 dias, 15 bairros foram atendidos e mais de 10 mil metros de pontes foram construídos durante a operação “Cheia 2021”. Além disso, foram aplicadas mais de 20 toneladas de cal nos bairros afetados pela cheia, a fim de diminuir o odor, proliferação de insetos e doenças transmitidas pela água parada.
“Hoje, estamos vivendo um momento histórico. Muitas famílias estão sendo afetadas pela subida do Rio Negro, e a Prefeitura de Manaus, por determinação do prefeito David Almeida, tem trabalhado todos os dias para que a população tenha um serviço de qualidade prestado pelo poder público. Construímos pontes como nunca se construiu na cidade e atendemos lugares que nunca haviam sido atendidos. Isso mostra o comprometimento desta gestão com a população”, ressaltou o secretário municipal chefe da Casa Militar, tenente William Dias.
Auxílio
Na sexta-feira, 4/6, a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) realizou o pagamento do segundo lote do “Auxílio Aluguel – Cheia 2021”, no valor de R$ 600, em duas parcelas. Até essa data, 2.122 famílias já haviam recebido a primeira parcela do benefício.
Diante da defasagem do valor em relação à inflação dos últimos anos, o prefeito David Almeida sancionou no último dia 17, por meio da Lei Municipal nº 2.746/2021, o “Auxílio Operação Cheia 2021”, no valor de R$ 400, em duas parcelas para as famílias, totalizando os dois benefícios o valor de R$ 1 mil. O “Auxílio Operação Cheia 2021” começará a ser pago a partir da próxima semana pelo Fundo Manaus Solidária, por meio de cartão. Equipes da Semasc já iniciaram os estudos para a alteração da lei, reajustando o valor.
De acordo com a Semasc, mais de 3,5 mil famílias já foram cadastradas em 15 bairros da capital para receber o benefício. A previsão é de que pelo menos 5 mil famílias sejam cadastradas para receber os auxílios Aluguel e Operação Cheia 2021.
Cestas básicas
Desde o último dia 18, a Semasc já fez a entrega de 2 mil cestas básicas às famílias que sofrem com a subida do rio Negro nos bairros Educandos, Puraquequara, Glória, São Jorge, Mauazinho, Tarumã, São Geraldo e Presidente Vargas, e a comunidade Vila da Felicidade. Nos próximos dias serão atendidas as famílias dos bairros Santo Antônio, Centro, Aparecida, Colônia Antônio Aleixo, Betânia, Crespo e Raiz. A secretaria também vai entregar colchões, lençóis e kits de limpeza.
Feira flutuante
Com a subida do nível do rio Negro, cerca de 200 feirantes que trabalham na região da Manaus Moderna, foram realocados para a primeira feira flutuante do Brasil, construída pela Prefeitura de Manaus em uma balsa que permite o funcionamento dos setores de peixe e carne, com condições sanitárias e segurança, durante o período de cheia. A feira deverá funcionar por cerca de três meses e, após a cheia, será usada para abrigar permissionários de feiras que entrarem em reforma.
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Fotos – Ruan Souza, Marcely Gomes e João Viana / Semcom e Márcio Melo / Seminf
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