Em um discurso emocionado, minutos antes da inauguração, Taiana Lima contou que a ideia da enfermaria veio de uma mãe que perdeu o bebê e enviou mensagem por meio das redes sociais.
Há 57 minutos
Por Agência Amazonas
Enfermaria de acolhimento humanizado. Foto: Bruno Zanardo/Secom Em cerimônia comemorativa aos 60 anos da Maternidade Balbina Mestrinho, na manhã desta segunda-feira (31/05), a primeira-dama do Amazonas, Taiana Lima, inaugurou a enfermaria de acolhimento humanizado de pacientes em situações de perdas neonatais. A obra faz parte da reestruturação, pelo Governo do Estado, da rede materno-infantil, prevista no projeto “Renasce Amazonas – Maternidades”, contemplada no Programa Saúde Amazonas.
“Quando ia visitante com as outras mães, perguntavam ‘cadê o seu bebê?’. Me tocou muito, porque é triste para uma mãe estar passando por essa situação e ainda ter que explicar o tempo todo para todos que perguntam: – Cadê o seu bebê? O nosso governo é isso, o governador Wilson Lima, desde o início do seu governo, sempre bateu na tecla que o governo é humano. Vamos trabalhar com a população amazonense de forma humanitária”, acrescentou Taiana Lima.
“Ela me mandou a mensagem dizendo que tinha passado pela situação, e que seria muito importante a gente olhar por essas mãezinhas que perderam seus bebês, porque quando acontecia todo o procedimento da perda dos bebês, elas iam para mesma sala das mamães que tiveram seus bebês”, disse a primeira-dama.
“Estamos trazendo investimentos para essa enfermaria, que vai acolher as mulheres que sofreram perdas neonatais. O FPS investe aqui, hoje, o valor de R$ 140 mil para que possa ter esse espaço mais humanizado, um espaço de acolhimento adequado. Todos os projetos do Fundo de Promoção na área da saúde vêm complementando o programa Saúde Amazonas, orientados pelo Governador Wilson Lima, junto à Secretaria de Saúde do Estado”, detalhou a secretária executiva do FPS, Kathelen Santos.
Recurso
O Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS) repassou R$ 140.103,60 para executar o trabalho de revitalização da enfermaria.
“Nós aproveitamos um espaço que já tínhamos, trabalhamos a ambiência e hoje podemos deixar essa mulher exclusivamente sendo acompanhada numa enfermaria que a acolha, dentro dessa necessidade que é o momento diferenciado”, avaliou.
De acordo com a diretora da unidade, Rafaela Faria, uma equipe multidisciplinar está diretamente envolvida, incluindo profissionais para um acompanhamento psicológico diferenciado. Ela ressalta que a nova sala foi preparada, em cada detalhe, para o acolhimento das mães.
“Todas as maternidades estão recebendo melhorias em suas unidades. A Balbina Mestrinho foi o primeiro processo, então todas as inovações que são aplicadas aqui, são replicadas nas outras unidades. Essa sala de atendimento às mães que perderam o bebê também será replicada, e também a ampliação de leitos e revitalização. Vamos começar, no segundo semestre, um pacote de obras tanto na capital, quanto no interior, e as maternidades são prioridades do Saúde Amazonas”, enfatizou o titular da Secretaria de Estado de Saúde, Marcellus Campêlo.
Investimentos
A maternidade, que é referência para gravidez de alto risco da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), vem recebendo obras de ampliação e revitalização, desde o segundo semestre de 2020, e investimentos que já somam mais de R$ 1,6 milhão. Em março deste ano, a Maternidade ganhou uma nova Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), que promoveu a ampliação do número de leitos. O secretário de saúde enfatizou que outras maternidades também serão equipadas com o novo espaço.
Homenagens
Durante o evento, também foram homenageados profissionais que nasceram na maternidade e que, hoje, fazem parte do quadro de funcionários. É o caso da farmacêutica-bioquímica Ana Ingrid Monteiro, que atua na unidade há cinco anos e hoje é gerente administrativa financeira.
Outros equipamentos
Enfermaria de acolhimento humanizado. Foto: Bruno Zanardo/Secom Além da entrega do novo espaço, a Maternidade Balbina Mestrinho também recebeu materiais de consumo e materiais permanentes, como camas hospitalares, escadas hospitalares, mesas de cabeceira com mesa de refeição acoplada, suportes de soro, cadeiras de rodas, televisões, aparelhos de ar-condicionado, microcomputadores, impressora multifuncional e outros equipamentos.
“Para mim é uma honra, porque eu nasci aqui. Quando eu era criança lembro que eu passava aqui e o meu pai e minha mãe falavam ‘olha onde você nasceu’. E há cinco anos eu tive a oportunidade de vir construir uma vida profissional aqui dentro. Comecei como farmacêutica, fui voluntária, fui para o laboratório e hoje sou a gerente administrativa da unidade, então tanto a minha vida pessoal quanto profissional sou privilegiada de estar aqui contribuindo com o que eu gosto”, destacou Ingrid.