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Por Agência Amazonas
As reeducandas do regime fechado que estudam no Centro Feminino de Educação e Capacitação (Cefec) seguem dando passos importantes rumo à ressocialização e reintegração social. Com a oferta do primeiro curso de Horticultura Orgânica, que terá 200 horas de carga horária total, 20 internas terão a oportunidade de se capacitar e aprender novas técnicas para atuar em trabalhos na horta que fica localizada dentro do centro de estudos.
A chance de mudar de vida por meio da qualificação profissional motiva a reeducanda Claudilene Pereira (nome fictício) a participar da nova capacitação. “Primeiramente, desejo aplicar tudo o que a professora ensinar aqui na horta da unidade onde eu já trabalho. E depois quero levar esse conhecimento lá para fora. Quero criar minha horta, começar uma nova vida e conquistar minha própria renda de forma honesta”, disse.
O novo curso teve início nesta segunda-feira (24/05), no próprio Cefec, onde as detentas tiveram suas primeiras aulas teóricas sobre relações interpessoais, cuidados com mudas e plantio de legumes e verduras.
“Esse curso não vai agregar apenas o conhecimento técnico no que diz respeito à produção orgânica, ele também vai trabalhar todo o convívio social das reeducandas. Aqui nós vamos aprender a parte prática e teórica sobre preparo de uma horta orgânica com o cultivo e o adubo correto, também iremos dar ênfase à importância do trabalho em equipe”, explica a instrutora Juziele de Souza.
Oferecido pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e ofertado no sistema prisional por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), coordenado pelo Departamento de Reintegração Social e Capacitação (Deresc) da Seap, o curso oferece uma nova chance para as detentas se recolocarem no mercado de trabalho e na sociedade.
Para o diretor do Cefec, capitão Paulo Sérgio Cordeiro, a capacitação é o primeiro passo para aumentar a produtividade da horta. “Com esse novo curso, elas irão se aperfeiçoar e aumentar a produtividade para quem sabe até começar a abastecer outras unidades aqui do sistema prisional”, afirmou.