A comitiva de vereadores foi liderada pelo presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador David Reis (Avante). Eles caminharam pelas ruas do Centro da capital, junto aos membros do Comitê Especial de Enfrentamento das Cheias Fluviais Município. “
Estamos agora pisando numa calçada, daqui a dias isso pode ser água. Então, a cheia que se avizinha é uma cheia que precisa de toda essa atenção, para que o sofrimento da população possa ser minimizado”, disse.O vice-presidente da Comissão de Serviços e Obras Públicas (Comserp), vereador Antonio Peixoto (PTC), destacou o papel da Casa Legislativa junto aos órgãos municipais.
“A Câmara já tomou a iniciativa de trabalhar do ponto de vista legislativo para criar uma legislação que ainda não tem, para tratar essa questão da cheia. Viemos acompanhar o trabalho da prefeitura até para que possamos também fazer as nossas, com as devidas avaliações é para que possamos chegar nesse consenso harmonioso entre o legislativo e executivo”, argumentou.
Vice-prefeito e secretário Municipal de Infraestrutura (Seminf), Marcos Rotta, conversou com moradores e comerciantes da rua dos Barés, no Centro, um das mais afetadas pela cheia. O objetivo foi avaliar a situação e traçar estratégias para amenizar os impactos causados devido a subida do rio Negro. “Estamos iniciando essa ação pelo Centro da cidade de Manaus, mas é uma ação que vai percorrer os bairros, que via de regra são alagados. E nós não vamos esquecer também a área rural da cidade, onde existe muitos agricultores que estão numa situação muito complicada.”
O comerciante Genimario da Silva trabalha há nove anos no local, e teme mais prejuízos. “Precisamos suspender todas as sacas de cebola. Vivemos a mesma situação em 2012. Com essa cheia estamos vendendo tudo para não ficar no prejuízo”, completou.
São mais de 1,6 mil áreas de risco, identificadas em 15 bairros, pela Defesa Civil de Manaus. Para que os moradores não fiquem isolados, foram construídas, até agora, 1,5 mil pontes de madeira. A expectativa do órgão é construir sete mil metros de passarelas nesses locais.
Segundo o secretário Municipal e Chefe da Casa Militar, tenente William Dias, cerca de 4,5 mil famílias podem ser atingidas pela cheia em 2021. O nível do rio Negro deve ultrapassar a cota de 30 metros, superando o recorde de 29 metros e 97 centímetros, registrado em 2012.
“Começamos a fazer construção de pontes com base nos estudos que nós fizemos, em parceria com outras secretarias. A gente tem se preparado para isso e caso tenha necessidade de as famílias serem retiradas, a Defesa Civil e Semasc (Secretaria Municipal de Assistência Social, da Mulher e Cidadania) estarão atuando e identificando essas famílias para que elas possam ser atendidas”, completou.
De acordo com a secretária Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semas), Jane Mara Moraes, mais de duas mil famílias cadastradas vão receber a primeira das três parcelas do Auxílio Aluguel na segunda quinzena de maio. O valor do benefício é de R$ 300 reais mensais.
“É proposta da Defesa Civil que possamos ir até os locais indicados pela Defesa Civil. Nós estamos com um grupo trabalhando tanto na zona urbana quanto na área rural, hoje estamos com uma equipe fazendo esse levantamento do perfil socioeconômico pra identificar famílias que estejam em situação de vulnerabilidade social e a partir disso trabalharmos com os benefícios eventuais, relacionados a questão de cesta básica, colchões, lençóis, mas também o auxílio aluguel para dar suporte aquelas famílias que não tiverem condições de permanecerem nos seus domicílios”, explicou.
A prefeitura de Manaus decretou situação de emergência na última quinta-feira (06/5), dia em que o nível do rio Negro ultrapassou a cota de 29 metros e 30 centímetros. A medida, publicada no Diário Oficial do Município (DOM), tem validade de 90 dias, serve para que a cidade receba recursos federais.
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Texto: Naine Carvalho – Dircom/CMM
Foto: Cristian Ricard – Assessoria de comunicação do presidente