A decisão tomada pelo Governo do Amazonas de fechar a Praça do Caranguejo, no conjunto Eldorado, bairro Parque Dez, zona Centro-Sul, por conta do episódio de desrespeito às normas de combate e prevenção à covid-19, registrado no último fim de semana naquela localidade, levou o vereador William Alemão (Cidadania) a propor que a medida seja revista pelo poder público estadual.
A sugestão é que haja maior flexibilização e o ambiente volte a funcionar, para que os donos de bares, restaurantes e lanches que cumprem o decreto, não tenham de pagar pelo erro dos outros.Alemão esteve no Eldorado na noite de segunda-feira (12/4), ouviu moradores e empresários e levou o tema para discussão no grande expediente desta terça-feira (13/4), na Câmara Municipal de Manaus (CMM), com o intuito de sensibilizar o governo a voltar atrás na decisão, considerada exagerada por ele.
Uma das preocupações é com a manutenção dos empregos e com aqueles que hoje prestam serviços nas proximidades dos estabelecimentos em questão.
“Acho que a resposta do governador em relação aos vídeos que foram divulgados em todas as redes sociais, de certa maneira foi exagerada, porque muitos daqueles empresários trabalham de forma a cumprir o decreto, com afastamento de mesa e utilização de álcool em gel, por exemplo. Quando vimos os vídeos de sábado, concluímos que não se consegue identificar quem é quem, até pela quantidade grande de gente que estava no local. Mesmo assim, fecharam todos os bares, restaurantes e até o tacacazinho lá da esquina”, criticou o vereador.
Apesar de defender a reabertura, William Alemão ponderou no discurso, ao enfatizar que deve haver punição sim, mas apenas para quem insistir em desrespeitar o protocolo.
“O que está em jogo, principalmente, é a manutenção desses empregos. Que seja examinado exatamente quem errou, ou se foram todos, e haja punição devida. Em nenhum momento eu vou defender, nesses próximos quinze dias, que a Praça do Caranguejo volte a funcionar do jeito que estava. Isso não tem menor condições, mas lembro que há um decreto hoje, em que os estabelecimentos podem abrir com até 50% de capacidade dentro do seu espaço.”, disse William Alemão.
Em relação à utilização da praça, que foi toda isolada no início desta semana por questão de segurança, Alemão saiu em defesa dos moradores, ao destacar que a mesma também é utilizada para outras atividades.
“Com o fechamento, as pessoas não conseguem chegar, atravessar ou até mesmo caminhar no local. Elas precisam que seja reaberto, até porque quase não há calçada. A praça se torna uma área indispensável, inclusive, para as crianças brincarem. Acredito que podemos chegar a um acordo, podemos flexibilizar alguma coisa. Quem realmente estiver errando, que seja punido, tenha o estabelecimento fechado e não volte a utilizar as áreas públicas na praça”, insistiu William Alemão.
Defesa
Após ouvir outros vereadores, que também se pronunciaram sobre o assunto na sessão plenária desta terça-feira, na CMM, o parlamentar reiterou que não abrirá mão de defender quem estiver trabalhando de forma correta, dentro do que pede o decreto, mesmo que seja um entre dez empresários, por acreditar que o papel da Câmara é discutir e tentar chegar a um denominador comum sobre o assunto.
“É difícil para o empresário mandar o cliente embora, mas, isso precisa ser feito. Na primeira onda, quando o decreto mandava fechar às 22h, às 21h30 eu parava tudo e, às 22h, não tinha mais ninguém no meu estabelecimento. Então, se a desculpa dos empresários do Eldorado é porque não conseguem controlar a praça, vamos mantê-la fechada, e que cada um seja responsável pela sua área. Agora, volto a falar que, enquanto tiver esse um por cento que está dentro da lei, estarei aqui falando por ele também. Volto a afirmar: sou contra as aglomerações, sou contra o que houve no Eldorado, mas sou a favor da geração e manutenção dos empregos”, concluiu.
Texto: Assessoria de Comunicação do vereador
Fotos: Assessoria do vereador e Robervaldo Rocha – Dircom/CMM