É estarrecedor e revoltante o que vem acontecendo em Manaus. Em plena pandemia, casas noturnas continuam agindo com descaso e promovendo festas clandestinas como se já estivéssemos superado a onda de contaminação de Covid-19. Neste domingo (21/03), a Central Integrada de Fiscalização (CIF) flagrou um evento, no bairro Alvorada, com cerca de 300 pessoas sem o menor cuidado de prevenção. A festa foi encerrada, as pessoas expulsas do local e o organizador, detido pela Polícia Militar.
As imagens divulgadas pela equipe da CIF mostram as pessoas sem máscaras, sem o menor distanciamento social, mesas com copos de bebidas que certamente haviam sido compartilhados. Ou seja, se havia pelo menos uma pessoa contaminada naquele local, com certeza novos infectados entrarão para as estatísticas nas próximas semanas.
É o descaso que pode custar mais vidas. Sim, simplesmente porque a pandemia não acabou. No resto do Brasil, os números de infectados disparam a cada dia. Já estamos registrando quase 3 mil mortes diariamente e o sistema de saúde começa a entrar em colapso em vários estados.
Na Europa, países como a França voltaram a decretar lockdown para tentar conter uma terceira onda que se anuncia.
Na Alemanha, o aumento de novos casos obrigou o governo a prolongar as medidas de confinamento.
Em Portugal, apesar da queda na curva de contaminação, o governo resolveu promover um desconfinamento escalonado que deve seguir até o próximo mês de maio, informou hoje o presidente da república portuguesa, Marcelo de Sousa.
Enquanto isso, Manaus segue com tristes e preocupantes exemplos de irresponsabilidade. No caso de domingo, o evento clandestino que acontecia no Balneário Festa Clube, no bairro Alvorada, reunia cerca de 300 pessoas embaladas a muita bebida alcoólica e música ao vivo.
“A equipe conseguiu dissipar aqueles que lá estavam bebendo. O proprietário da casa foi autuado nas multas administrativas e foi conduzido até a Delegacia Geral”, explicou o delegado Christiano Castilho, responsável pela fiscalização. O proprietário, um homem de 42 anos, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e vai responder por descumprimento de medida sanitária e crime de desobediência.