No geral, a notificação de desaparecimentos de pessoas caiu 14% no Amazonas, em 2020. Manaus concentrou a maioria das ocorrências, com um total de 307. Pelos registros, não é possível especificar dolo no desaparecimento e, em alguns casos, eles podem se dar por motivos diversos, como desavenças familiares, viagens sem aviso prévio ou em decorrência de problemas psiquiátricos.
Há 3 minutos
Por Agência Amazonas
Sede da Delegacia Geral de Polícia Civil do Amazonas. FOTO: Divulgação/SSP-AM.
Os homens lideraram a lista de pessoas com registro de desaparecimento no Amazonas, no ano passado, com mais da metade dos casos. Ao todo, foram 320 ocorrências de suposto desaparecimento nas delegacias de Polícia Civil do estado, 64% envolvendo pessoas do sexo masculino. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM).
Entre os homens que foram registrados como desaparecidos, a maioria é da faixa etária de 35 a 64 anos, com 79 casos, o equivalente a 25,7% do total. A faixa etária de 18 a 24 anos aparece na sequência, com 44 ocorrências.
De acordo com levantamento da Delegacia Especializada em Ordem e Política Social (Deops), da Polícia Civil, 277 pessoas que estavam com registro de desaparecimento foram localizadas ao longo do ano passado. A unidade é a responsável pela investigação de casos que envolvem pessoas adultas. Situações com menores de 18 anos de idade devem ser registrados na Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).
O registro do desaparecimento deve ser feito assim que um familiar ou pessoa próxima perceber uma ausência fora da rotina. É um mito ter de esperar 24 horas para a notificação. Quanto mais rápido a informação chegar às autoridades policiais, melhor para a investigação e localização.
Já entre as mulheres, a maioria dos desaparecimentos se concentrou no público de crianças e adolescentes. Na faixa etária de 0 até 11 anos, foram cinco casos no ano passado. Envolvendo adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos, a polícia contabilizou 24 Boletins de Ocorrência.
Durante as investigações, o banco de cadáveres do Instituto Médico Legal (IML) e os registros de pessoas internadas em hospitais sem identidade são checados. Familiares também devem ajudar nesse processo, fazendo buscas em hospitais, postos de saúde, delegacias, abrigos públicos e no IML.
Na hora de registrar o Boletim de Ocorrência (BO), é importante fornecer informações detalhadas, como a roupa com que a pessoa estava vestida e características físicas, como tatuagens e cicatrizes, além de levar uma foto recente da pessoa desaparecida. Todos os casos são divulgados para a sociedade pelas assessorias de comunicação da Polícia Civil e SSP-AM, enviadas aos veículos de imprensa e publicadas nas redes sociais dos órgãos.
Casos de pessoas a partir de 18 anos podem ser registrados diretamente na Deops, de segunda a sexta-feira. A unidade funciona em horário comercial na Delegacia Geral, na avenida Pedro Teixeira, Dom Pedro, em frente ao Centro de Convenções Prof. Gilberto Mestrinho – Sambódromo de Manaus.
O registro de desaparecimento pode ser feito por familiares ou amigos em qualquer delegacia. No caso de crianças e adolescentes (até 17 anos), o registro pode ser feito diretamente na Depca, localizada na Via Láctea, conjunto Morada do Sol.