A deputada estadual, Mayara Pinheiro Reis (PP), cobrou novamente a criação de um consórcio público para aquisição direta de vacinas no Amazonas durante seu pronunciamento, nesta quinta-feira (25). A Comissão de Saúde e Previdência da Aleam (CSP), presidida pela parlamentar, enviou um indicativo em janeiro ao Governo do Estado sugerindo a medida para agilizar a imunização do povo amazonense.
Na última terça-feira (23), a Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória (MP) 1026/21 que facilita a compra de vacinas com dispensa de licitação e regras mais flexíveis, incluindo a aquisição direta por estados e municípios, além do Governo Federal. Logo após o anúncio da aprovação da MP, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) informou que vai liderar a criação de um consórcio público integrando municípios que tenham mais de 80 mil habitantes, para compra dos imunizantes.
Para Mayara, o Amazonas precisa estar à frente na obtenção das doses principalmente visando o interior, que permanece na fase roxa da transmissão do vírus. A parlamentar defendeu a inclusão dos municípios menores no consórcio público da FNP e a ação do Governo do Estado para intermediar a compra direta das vacinas.
“Eu entrei em contato com o coordenador da FNP, Jeconias Rosendo, e destaquei a importância de incluir os municípios menores, ainda mais com as diferenças geográficas que nós temos e as dificuldades de leitos de UTI no interior do estado do Amazonas. Falei novamente com a Casa Civil sobre a possibilidade do Governo do Amazonas, na figura do Wilson Lima (PSC), ser também um intermediador nesse sentido, fazendo valer a vontade e a necessidade dos municípios. Ao final do ano passado, essa Casa aprovou uma emenda no orçamento de 50 milhões para aquisição direta das vacinas, então agora é mais do que possível fazer com que essa medida se torne realidade na vida dos amazonenses”, pontuou.
A deputada ressaltou ainda que a vacinação em massa da população é o único caminho para o fim da pandemia. Em Israel, 47% da população já recebeu a primeira dose e os casos da doença reduziram em 94%, já no Reino Unido um quarto dos habitantes também foram imunizados e a média nacional de mortes reduziu em mais de 47% em 23 dias.
“Nós temos recursos para que isso possa ser realidade aqui no Brasil. O poder público precisa se esforçar cada vez mais para trazer essa esperança ao povo amazonense”, disse.