O InovaSocioBio é resultado de um convênio do Governo do Amazonas, por meio da Sedecti, com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), garantindo um aporte de R$ 2,2 milhões. Os recursos serão implementados em ações de fortalecimento das cadeias produtivas da castanha-do-Brasil, guaraná nativo e pirarucu selvagem no Estado. Desse total, R$ 200 mil são de contrapartida do Governo do Amazonas, e beneficiarão cerca de 7.500 agroextrativistas e seus empreendimentos comunitários, além de técnicos extensionistas, associações e cooperativas de produtores.
Há 8 minutos
Por Agência Amazonas
Produção de guaraná no Amazonas – Foto: Lucas Silva/SecomA Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) iniciou reuniões virtuais com representantes de vários segmentos da sociedade que formam a chamada “hélice quíntupla” (organizações de base/terceiro setor, instituições de fomento, setor público, setor privado e academia), dando andamento às ações do Projeto. “Fortalecimento de Cadeias Produtivas da Sociobiodiversidade com Enfoque na Inovação e Bioeconomia no Amazonas” (InovaSocioBio).
Esforço conjunto
Durante as reuniões, o titular da Sedecti, Jório Veiga, destacou a importância do alinhamento e da colaboração do Mapa junto aos órgãos estaduais e municipais, além das cooperativas e associações, ressaltando a possibilidade da criação de feiras de bioeconomia no Brasil.
Na primeira rodada de conversas, foram realizadas quatro reuniões específicas com representantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) e Sedecti, além de representantes do Mapa, de governos municipais, da Associação Amazonense de Municípios (AAM), de representantes de Instituições de Ensino Superior (IES) e de Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs), da capital e do interior do Amazonas.
O secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Fernando Schwanke, parabenizou a iniciativa do planejamento.
“Encontrar sinergias e unir forças é fundamental para a realização das atividades previstas e alcançar os resultados do Projeto no tempo esperado. Também é muito importante pensarmos em uma bioeconomia direcionada para contribuir significativamente ao PIB (Produto Interno Bruto) do Estado, que, com certeza, irá alavancar a economia do Amazonas”, enfatizou Veiga.
Principais atores
A apresentação da reunião foi conduzida pela secretária executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Tatiana Schor e equipe, com o acompanhamento da equipe do Mapa; e contou também com a presença do secretário da Sepror, Petrúcio Júnior; do secretário da Sema, Eduardo Taveira; do diretor-presidente do Idam, Valdenor Cardoso; e do diretor-presidente do Cetam, José Augusto.
“É uma grande sintonia com o programa que entendemos ser um projeto piloto e de grande importância para impulsionar, também, outras cadeias produtivas do Amazonas através de suas ações”, definiu Schwanke.
Dentre os representantes dos governos municipais, participaram também da reunião os secretários de Produção dos municípios de Barreirinha, Barcelos, Careiro, Carauari, Ipixuna, Lábrea, Manicoré, Maués, Nova Olinda do Norte, Parintins e Tefé.
Os representantes do governo federal foram o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, Fernando Schwanke; o coordenador geral de Extrativismo do Mapa, Marco Pavarino e equipe; além do superintendente federal de Agricultura do Amazonas (SFA/Mapa), Guilherme Pessoa e equipe.
Cadeia produtiva do pirarucu – Foto: Ricardo Oliveira/SemaCadeias produtivas
O diretor-presidente do Idam, Valdenor Cardoso, destacou nas rodadas de reuniões que o órgão vem trabalhando com as três cadeias produtivas que serão foco do projeto (castanha, guaraná e pirarucu). Para a cadeia da castanha-do-Brasil, por exemplo, o Idam destacou o apoio ao processo de reestruturação das agroindústrias de beneficiamento.
No setor da academia (IEs e ICTs) participaram das reuniões pesquisadores e docentes da capital e do interior do Amazonas, incluindo representantes da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), além de representantes da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC-AM).
Outra rodada de reuniões virtuais devem acontecer nos próximos meses e será direcionada aos grupos de associações e cooperativas de produtores, organizações da sociedade civil de interesse público, empresas e agentes financeiros.
Na cadeia do pirarucu manejado, Cardoso enfatizou a preocupação com as normas sanitárias que são as mesmas que regulamentam tanto os grandes centros de beneficiamento, quanto as atividades realizadas por comunidades tradicionais. Já o guaraná, o diretor do Idam revelou que, apesar de haver muitos avanços em relação à essa cadeia, “ainda existe a necessidade de entender aspectos importantes sobre os mercados interno (nacional) e externo (internacional)”.
Para obter mais informações sobre o Projeto InovaSocioBio, basta acessar os links: Apresentação Curta – InovaSocioBio Amazonas e Material Complementar – InovaSocioBio Amazonas que estão disponíveis no site da Sedecti: http://www.sedecti.am.gov.br/ onde também é possível fazer o download dos conteúdos do Projeto. E, para tirar dúvidas ou fazer comentários e sugestões sobre o Projeto, o endereço de e-mail é: [email protected]
InovaSocioBio Amazonas
O InovaSocioBio Amazonas é um projeto de fortalecimento e inovação das cadeias da sociobiodiversidade, e tem como objetivo fortalecer as cadeias produtivas da castanha-do-Brasil, do pirarucu selvagem e do guaraná nativo – produtos da sociobiodiversidade em distintas fases de maturidade -, para a promoção de uma Bioeconomia pautada na ciência e tecnologia, visando a interiorização do desenvolvimento, o fomento aos arranjos produtivos e de comercialização das cadeias de suprimento dos produtos da sociobiodiversidade e extrativismo, além da diversificação da matriz econômica do Estado do Amazonas.