O webinário foi promovido pela Secretaria de Estado de desenvolvimento econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), na manhã desta quinta-feira (11). O anúncio foi um pré-lançamento da REDE Rhisa que aconteceu em formato on-line para celebrar o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, com painéis apresentados por cientistas do Amazonas.
O coordenador técnico da REDE Rhisa, professor doutor Henrique Oliveira, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) explicou que a REDE é formada inicialmente pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Instituto Acariquara, Geodatin, além da Sedecti, por meio da Secretaria Executiva de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).
“Entendemos que o fortalecimento dos ecossistemas de CT&I é uma forma que irá contribuir para a elaboração de políticas públicas de maneira mais assertiva e participativa, junto com a sociedade para o desenvolvimento do Amazonas e da Amazônia Legal”, destacou a secretária executiva de CT&I, Tatiana Schor.
Metas para o Rhisa
“Foi um pré-lançamento e o nosso objetivo foi difundir o conceito e, assim, iniciar o longo processo de sensibilização e mobilização até chegarmos no engajamento dos atores sociais desse grande ecossistema de CT&I e das cadeias de valor da sociobiodiversidade da Amazônia legal”, explicou o pesquisador.
A coordenação ainda estuda a data do lançamento oficial e funcionamento de 100% da REDE Rhisa. As metas do projeto têm como mecanismos facilitadores a troca de informações e experiências, apoio mútuo a projetos e interlocução com setores da sociedade, empresas e governos.
Mulheres e Meninas na Ciência
O webinário que celebrou o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), teve a participação da pesquisadora Maria Paula Gomes Mourão, da Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA) que foi a primeira palestrante a contribuir com os debates. Ela explanou sobre os ”Estudos Clínicos na Covid-19″.
“Nós procuramos testar as duas doses de cloroquina porque as atividades que se tinha com o remédio para o vírus reportavam menores resultados com dosagem mais altas. Então, buscamos, a partir de referências na literatura, essas duas dosagem e fizemos os testes identificando, com o nosso estudo médico contra a Covid, que tinha uma superioridade técnica e mostrava que o tratamento não tinha benefício que fosse realizado por um curto espaço de tempo”, disse a médica infectologista ao utilizar gráficos da pesquisa.
A palestrante Natacha Cíntia Regina Aleixo, da UFAM, falou sobre o estudo “Espaço-Tempo Pandêmico: Uma Contribuição Geográfica para o Estado do Amazonas”.
“O objetivo desse trabalho era entender a difusão espaço temporal da Covid-19 no território nacional e, especificamente, nos municípios do Amazonas. Foram por meio de trabalhados com o uso da tecnologia que pudemos gerar representações cartográficas e, também, analisar o fenômeno da propagação da pandemia, na escala estadual. Ainda hoje, estamos trabalhando com dados, gerando cartógrafos que possam ajudar também em uma discussão maior, tanto na parte da gestão pública, quanto para entendermos melhor a pandemia”, resumiu Natacha.
A terceira painelista foi a professora doutora em Sociologia e Antropologia, Katia Helena Serafina Cruz Schweickardt, ex-secretária municipal de educação de Manaus. Ela exemplificou as “Estratégias Educativas para Enfrentamento da Covid-19 em Manaus”, com destaque para os excelentes dados alcançados no Índice de Desenvolvimento da educação básica (Ideb) nos últimos anos. Para Katia, é preciso se repensar o papel do professor, além de salientar que a educação integral trazida pela pandemia, precisa se consolidar.
“Tudo que a gente conseguiu fazer em relação ao enfrentando da Covid, com estratégias educacionais, tem a ver com o trabalho de gestão integrada participativa e muito compartilhada. Mas, mesmo tendo conseguido chegar no final do ano com mais 185 mil alunos engajados no ‘Aula em Casa’, tínhamos mais 35 mil completamente ausentes e por isso tivemos que desenvolver outras estratégias com dispositivos tecnológicos”, revelou explanou.
Todo o conteúdo do webinário está disponível no canal da Sedecti Amazonas no Youtube.