A previsão de horas de voo estabelecida para quatro aeronaves de médio e pequeno porte, era de 230 horas/mês. Mas, com o aumento no número de casos e hospitalizações de pacientes nas mais diversas localidades, no início do ano, a Casa Militar chegou à marca de 369 horas/mês, explicou o chefe da Casa Militar, coronel Fabiano Machado Bó.18:24 – 09/02/2021
FOTO: Lucas Silva/Secom
A quantidade de horas de voo, executada pela Casa Militar do Governo do Amazonas, apresentou aumento de quase 60,43%, em janeiro deste ano, em relação à meta estipulada para o período. As principais demandas estão relacionadas à pandemia do novo coronavírus. O Estado tem prestado apoio logístico para o transporte, aos municípios do interior, de insumos considerados vitais, tais como oxigênio medicinal e medicamentos utilizados no tratamento especializado de pacientes acometidos pela Covid-19.
“O trabalho de remoção de pacientes para tratamento fora do Amazonas é realizado pela FAB (Força Aérea Brasileira). Para garantir o retorno de amazonenses que porventura venham a falecer em decorrência da doença, o Comitê Estadual de Enfrentamento à Covid-19 definiu que o translado seja feito, inicialmente, pela Casa Militar. É uma forma de acolher e levar conforto às famílias em sofrimento pela perda de seus entes queridos. Equipes do Estado também auxiliam, in loco, os acompanhantes na emissão dos documentos necessários ao transporte dos corpos”, explicou Fabiano Bó.
Além do transporte de insumos, o órgão também tem executado, de forma exclusiva, o translado de corpos de vítimas da doença, de Manaus para o interior, e de cidades situadas em outros estados brasileiros, ao Amazonas.
O chefe da Casa Militar destaca, ainda, que tanto o cadastramento das famílias contempladas com o auxílio emergencial do Governo do Estado, quanto a entrega de cartões, são realizados através do transporte de técnicos às cidades amazonenses, pelo Departamento de Transportes do órgão, facilitando o acesso dos moradores ao benefício social.
A entrega de imunizantes, aos municípios mais distantes, também é uma das atividades viabilizadas pela Casa Militar, garantindo maior celeridade na vacinação e o cumprimento das metas. Mais de 20 localidades receberam apoio logístico, para dar início à execução do Plano Nacional de Imunização (PNI), a partir da entrega das três remessas de imunizantes.
Fabiano Bó explica que, no caso do Amazonas, o isolamento geográfico de alguns municípios, impõe dificuldades logísticas diferenciadas, impedindo que os serviços sejam executados em tempo hábil pelas vias fluvial e terrestre. “Estamos nos esforçando ao máximo para ajudar a salvar vidas”, concluiu.
A prestação de serviços ocorre a partir de demandas dos municípios, formalizadas junto à Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), além das solicitações de outras. As abordagens tornaram o serviço de transporte aéreo essencial para o abastecimento de unidades hospitalares, em um momento em que o número de casos de Covid-19 apresentou alta significativa no Amazonas, cenário que já atinge outros estados brasileiros.