Com a abertura do Hospital Nilton Lins (HNL), ocorrida na manhã desta terça-feira (26/01), o objetivo do Governo do Amazonas é desafogar a demanda de atendimento nas portas de entrada, principalmente os Serviços de Pronto Atendimento (SPAs) e Prontos-Socorros. Inicialmente, a unidade terá capacidade para 30 pacientes, porém, nos próximos dias, o objetivo é chegar a 150 leitos específicos para casos de Covid-19.
Solenidade de abertura ocorreu nesta terça-feira (26/01); estrutura terá capacidade para mais de 150 leitos
O governador Wilson Lima, presente na solenidade com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, destacou que o hospital receberá pacientes referenciados, de quadros leves ou moderados. O objetivo é aliviar a grande demanda detectada nas unidades de porta de entrada.
A nova unidade de referência possui capacidade para funcionar com 81 leitos clínicos e 22 de UTI, recebendo pacientes transferidos de outras unidades da rede pública de saúde. Além disso, a unidade agregará à sua estrutura uma enfermaria de campanha, de forma física, para mais 50 leitos.
Estabilização do oxigênio – Acompanhando os trabalhos executados pelo Ministério da Saúde na capital, o ministro Eduardo Pazuello explicou que tanto o Governo Federal quanto o do Estado têm se empenhado na estabilização do oxigênio nas unidades de saúde.
“Os pacientes que virão para o Nilton Lins e também para o hospital de campanha do Delphina Aziz são pacientes referenciados. Aqui não é porta de entrada. Os pacientes têm que continuar indo para os prontos-socorros, para as Unidades Básicas de Saúde. Inclusive, aqui nesse espaço tem uma UBS da Prefeitura, ali do outro lado. Todos os pacientes que virão pra cá são pacientes que entram no nosso sistema de regulação”, explicou o governador.
O secretário de Estado de Saúde, Marcellus Campêlo, reforçou a importância da abertura do Hospital Nilton Lins para os pacientes que aguardam leitos. Segundo ele, a estruturação do hospital já existia antes da demanda por oxigênio registrar um salto na rede pública.
“Estamos trabalhando na revisão de toda a rede de gases dos hospitais para reduzir as perdas. São redes antigas que precisam ser trabalhadas para a redução de perdas. Estamos trabalhando com concentradores de oxigênio individuais, esses que ficam ao lado de cada leito, usinas individualizadas nos hospitais e oxigênio de grande porte como backup. Nesse aspecto, eu coloco aqui que nós estamos vendo de maneira muito clara como deve ser e no futuro a nossa situação hospitalar na Amazônia”, disse o ministro da Saúde.
A supervisora de enfermagem do Hospital Nilton Lins, Andressa Machado, afirmou que a equipe está preparada para atender a demanda.
“Estamos com uma fila de aproximadamente 600 pessoas precisando de um leito, seja clínico ou de UTI, na nossa regulação, fora os pacientes que imaginamos que estejam em casa, que não estão saindo de casa por não conseguir leito ou medo de ser contaminado. Estamos trabalhando com várias ações com apoio do Ministério da Saúde, inclusive com remoções para outros estados do Brasil. Já removemos 300 pacientes para outros estados, 11 estados envolvidos numa ação muito de sucesso”.