Adolescentes do Centro Socioeducativo de Semiliberdade Masculino, administrado pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), estão sendo capacitados para o mercado de trabalho por meio de um curso profissionalizante de marcenaria promovido na unidade, localizada no bairro Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus.
Objetivo é ensinar o ofício aos socioeducandos e possibilitar novas perspectivas após a saída do sistema
O secretário William Abreu, titular da Sejusc, explica que um dos pilares da socioeducação é preparar os jovens para a vida fora dos centros socioeducativos, por meio de atividades que incentivem o empreendedorismo. Ele destacou, ainda, que é importante que os cursos ocorram dentro das unidades, para mostrar à sociedade que os ambientes são verdadeiros espaços de mudança de vida.
O projeto faz parte das ações do Governo do Amazonas para garantir os direitos sociais dos adolescentes, visando a inclusão social e a construção de alternativas que contribuam para a revisão de hábitos e valores morais.
“Eles fizeram, para nós, suportes para celulares, pois participamos de muitas reuniões nessa pandemia, além de itens como porta papel e porta caneta, por exemplo. Recentemente, eles aprenderam a fazer um painel de suporte para aparelhos televisores”, completa.
A secretária executiva de Direitos da Criança e do Adolescente da Sejusc, Edmara Castro, frisou que, neste período de pandemia do novo coronavírus (Covid-19), os jovens aprenderam a produzir peças de paletes, que colaboram com os trabalhadores que estão sob o regime de home office.
Socioeducativo – A Sejusc administra os cinco Centros Socioeducativos do Amazonas, que têm por finalidade promover o cumprimento da medida socioeducativa de internação, com a fiel observância ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e às diretrizes do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), cabendo aos seus dirigentes e servidores zelar pela integridade física e mental dos adolescentes e adotar as medidas adequadas de educação, contenção e segurança.
Segundo a diretora da unidade, Junilce Oliveira, o projeto surgiu como uma forma de lazer, além de possibilitar essa aprendizagem a curto prazo aos adolescentes. “Nós lidamos com pessoas de extrema vulnerabilidade social, por isso, a oficina surge com essa premissa de lazer e também como uma forma de gerar renda a esses jovens e, consequentemente, para as suas famílias”, afirmou a diretora.