O número total de internos capacitados em 2020 foi de 886 e, em 2019, foi de 699. Não obstante ter sido um ano atípico em razão da pandemia da Covid-19, a Seap manteve o foco em buscar qualificação para o público carcerário, juntamente com as empresas cogestoras, CGPAM, Reviver, Umanizzare e RH Multi.
O número de reeducandos do sistema prisional do Amazonas qualificados em cursos profissionalizantes cresceu 17,3% nesse ano de 2020. O resultado foi possível devido ao aumento de cursos oferecidos dentro das unidades pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Ao todo, foram ofertados 13 cursos a mais que no ano anterior.
Outras parcerias que tornaram possível esse crescimento constante na profissionalização dos apenados foram com os órgãos públicos estaduais, como a Secretaria de Estado de Administração e Gestão (Sead) e o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que contribuem para o aprendizado do público encarcerado e egresso.
De acordo com o titular da Seap, coronel Vinícius Almeida, o ano foi de muita luta e inquietação, devido à pandemia mundial, mas também de conquistas e bons resultados. “Eu só posso agradecer às inúmeras parcerias que não nos abandonaram nesse momento inquietante de pandemia mundial. A luta foi grande, mas o trabalho e a dedicação ao objetivo de mudar vidas foi maior”, valorizou Almeida.
Os cursos são sempre orientados de modo que, ao sair da prisão, o interno possa abrir um negócio próprio, caso necessite. Bombeiro Hidráulico, Elétrica, Manutenção de Condicionadores de Ar, Corte e Costura, Panificação, Confeitaria, Pedreiro e Barbeiro estão entre as formações oferecidas.
Para a compra de alguns utensílios e equipamentos utilizados nos cursos, a Seap contou ainda com parcerias federal e internacional: Consulado Geral da Colômbia e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), por meio da Implementação de Oficinas Permanentes (Procap).
‘Trabalhando a Liberdade’ – O programa de ressocialização “Trabalhando a Liberdade”, desenvolvido logo no início da atual gestão, há quase dois anos, é o maior responsável pelos bons resultados no que se refere à capacitação e trabalho. O programa busca a reinserção do indivíduo preso à sociedade, por meio da qualificação profissional e do trabalho, garantindo ainda, redução de custos ao Estado e remição de pena aos apenados.
Dos 886 reeducandos capacitados neste ano, 153 já cumpriram suas penas e saíram do sistema prisional com a certificação em mãos. “É gratificante obter esse quantitativo, mesmo em tempo de pandemia, com resultados positivos. A qualificação profissional prepara o indivíduo para mudança, ampliando seus conhecimentos e construindo um futuro”, declarou a chefe do Departamento de Reintegração Social e Capacitação (Deresc) da Seap, Keyla Prado.