Além da confraternização dos servidores, foi realizada uma exposição mista dos produtos fabricados nos cursos: de um lado bordados em toalhas de banho, rosto, pano de copa, capa de garrafão de água, centro de mesa e almofadas. Do outro, foi possível ver utensílios como porta panetone, árvore de natal feitas com sisal, xícara de patchwork (retalhos de pano), cobertura para bolo, arranjos e garrafas de vinho.
O Centro Estadual de Convivência da Família (CECF) 31 de Março, localizado no bairro do Japiim, zona sul de Manaus, encerrou suas atividades de 2020, na manhã desta sexta-feira (18/12), apresentando parte do trabalho realizado por um grupo de mulheres da comunidade e bairros adjacentes, participantes dos cursos de enfeites natalinos e de bordado vagonite. O local é um dos sete mantidos pelo Governo do Amazonas, sob a administração da Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas).
Os cursos de enfeites natalinos ficaram por conta da professora Irisdalva Valente Oliveira, que também ressaltou a qualidade e o empenho das participantes, sendo que muitas delas nunca haviam feito nenhum trabalho dessa natureza, ou seja, com produtos feitos à base de corda de nylon, de juta e papelão. “Gosto de trabalhar com material reciclado por fazer parte da sustentabilidade”, assinalou.
Os cursos foram realizados pelo Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), um dos órgãos parceiros do 31 de Março. A professora Socorro Conegonde, responsável pelo curso de vagonite, disse que as participantes conseguiram um progresso impressionante com os bordados em tecidos. “Durante o curso foi dada uma ênfase sobre a questão do mercado, mostrando que hoje os bordados com estilo livre, vagonite, ponto cruz e crochê estão em alta”, disse.
Segundo Mirleide Santana, 2020 foi um ano de superação, principalmente na parte da assistência social, cujo trabalho da Seas é voltado para a prevenção, às políticas de assistência social e ascensão ao mercado de trabalho. “Este centro de convivência, assim como os demais, teve que se reinventar, trabalhando on-line com o objetivo de depositar amor, esperança, oportunidade de geração de renda na comunidade onde estão, porque têm um papel importantíssimo na vida das pessoas, que se sentem acolhidas”, garantiu.
Ano positivo – A diretora do CECF 31 de Março, Mirleide Santana, disse que apesar das dificuldades enfrentadas ao longo do ano, por conta da pandemia do novo coronavírus, há muito o que comemorar nos equipamentos da assistência mantidos pelo governo do Amazonas. “Quando trazemos para esta confraternização produtos feitos pelo grupo de mulheres que não se rendeu ao vírus e continua querendo se qualificar, isso faz a diferença e traz um impacto positivo”, mencionou.
A pequena Nicole Pinheiro de Souza, completando 7 anos hoje (18/12), é uma das participantes do grupo de crianças Raio de Sol, do 31 de Março. Como as atividades estão suspensas, disse que as alternativas encontradas, pela equipe técnica do CECF 31 de Março, a tem ajudado a lidar com a rotina. “Tenho recebido em casa apostilas com várias atividades enviadas pelo centro e com isso me distraio”, disse.
Adaptação – Frequentadora do Centro 31 de Março há 25 anos, dona Marli Batista da Silva, 63 anos, sempre foi uma frequentadora assídua e hoje, por conta das orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), está impedida de exercer suas atividades no local, porque faz parte do grupo de risco. “Esse lugar é o meu divertimento, estou me adaptando a essa nova realidade”, disse, ressaltando que praticava exercícios físicos e de memória, além de vários cursos como pintura, fuxico e Mesa Brasil.