18:29 – 09/12/2020
Foto: Eduardo Cavalcante/Seduc-AM
Membros do Unicef acompanharam a distribuição do benefício, nesta quarta-feira (09/12)
Seu prato diário tem verduras e legumes frescos? Os de mais de 4 mil alunos, do município de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus) do distrito de Cacau Pirêra, têm. Isso é possível devido à parceria entre a Secretaria de Estado de Educação e Desporto e a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), que está distribuindo kits com itens da agricultura familiar, para a extensão do cardápio escolar, para as casas dos estudantes da rede estadual.
Nesta quarta-feira (09/12), a produção e distribuição dos kits foi acompanhada por membros do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que aproveitou para conversar com os pais e responsáveis sobre o benefício dos insumos na alimentação das crianças.
A dona de casa Marlen Silva, de 57 anos, foi uma das beneficiadas. A neta dela, Adriely Amorim, 9, cursa o 3º ano na Escola Estadual (EE) Elias Nóvoaz Alvarez e recebeu um kit com 12 itens.
“Recebi um kit do ‘Merenda em Casa’, depois outro de verduras e, agora, mais esse. Nós somos quatro pessoas lá em casa e esses kits ajudaram muito, porque meu marido está desempregado e eu também estou sem trabalho, pois faço serviço doméstico e não consegui mais, então, ajudou demais lá em casa”, afirma a dona de casa.
Quem também saiu feliz com o kit do filho foi a dona de casa Gleici Maria Santos, 44. Ela e o filho José Ricardo dividem a casa com outras três pessoas e diz que toda ajuda é bem-vinda. “Foi ótimo, tudo novinho, em perfeitas condições, em perfeito estado. Eu me sinto privilegiada por receber um kit desse, porque muitas pessoas precisam e não têm, não está sendo fácil. Quando cheguei em casa, com o primeiro kit, meu filho já pediu pra fazer um feijão com bastante verdura”, entrega.
Os kits variam de acordo com a sazonalidade e a produção dos agricultores. Os entregues, nesta quarta, contêm: melancia, banana, abacaxi, mamão, feijão de metro, maxixe, batata doce, limão, pimentão, couve, jerimum e cheiro-verde. Ao todo, 90 toneladas de insumos serão distribuídas em Iranduba e Manacapuru, tanto nas escolas quanto para as famílias levarem para casa.
Em Iranduba, por exemplo, são 4.724 alunos beneficiados, das cinco escolas da rede pública. O assessor do Núcleos de Atendimento Pedagógico Especializado (Nape), Alan Girão, explica que o orçamento de R$ 40 milhões foi reduzido devido à pandemia e foi investido R$ 15 milhões para levar alimentação escolar.
“A gente teve vários momentos, como o ‘Merenda em Casa’, que foi o primeiro a ser distribuído, mais os alimentos vindos do Prema, com recurso federal. O material excedente nas escolas está sendo distribuído para os alunos, para que eles possam consumir nas suas casas”.
O diretor-presidente da ADS, Sérgio Litaiff Filho, diz que a Agência é a responsável pela operacionalização do programa de distribuição de alimentos, realizado por Chamada Pública e que beneficia dois nichos importantes.
“Um dos nichos é o de produtores rurais e o outro são os alunos, que recebem alimentos de qualidade, com segurança alimentar e produzidos no Amazonas, gerando emprego, produção e renda para os homens do campo e dá a possibilidade para os alunos terem alimentos e qualidade, que resgatam os hábitos alimentares do nosso estado”, observa Filho.
Unicef – A consultora para Saúde e Nutrição do Unicef em Manaus, Neideana Ribeiro, conta que a Fundação apoiou a iniciativa do governo do Amazonas em levar alimentação para os alunos durante a suspensão de aulas presenciais e que a alimentação é um dos pilares do Unicef.
“Quando soubemos da ação da Secretaria de Educação para garantir os direitos da criança, a gente quis acompanhar e parabenizar a iniciativa, pensando que a alimentação é um direito da criança e, por conta da pandemia, muitas vezes está sendo negligenciada e negada. A gente parabeniza a Secretaria e a ADS pela iniciativa. Valorizar a alimentação regional e os produtores faz com que a alimentação seja mais nutritiva. Muitas vezes a escola é o único lugar onde a criança se alimenta e estender isso para as casas, nesse momento, é muito importante”, avalia a consultora.
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