Desenvolvimento da modalidade pela Sema reforça manutenção dos recursos pesqueiros e geração de renda para comunidades
Quando o assunto é pesca esportiva no Brasil, o Amazonas desponta como estado pioneiro no ordenamento sustentável da modalidade. Os esforços da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) para o desenvolvimento da atividade foram reconhecidos durante o Workshop de Pesca Amadora e Esportiva, realizado pelo Governo Federal nesta terça-feira (10/11).
A participação do Amazonas na mesa redonda “Experiências de Gestão da Pesca Amadora” foi conduzida pelo chefe do departamento responsável por Unidades de Conservação da Sema, Rogério Bessa. Ele destacou que o arcabouço de políticas públicas estaduais voltadas para a atividade estabeleceu importantes medidas para ordenar a pesca esportiva de forma pioneira no estado.
“Esse é um trabalho que tem avançado exponencialmente nos últimos dois anos, sobretudo com a criação de um grupo temático para tratar do ordenamento da pesca esportiva, no Amazonas, junto ao Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura (Conepa) e do Grupo de Trabalho do Tucunaré para criarmos um sistema de proteção da espécie símbolo da pesca esportiva”, apontou.
Bessa ressaltou ainda o aumento no número de Acordos de Pesca que, em 2020, chegou a 31 acordos, beneficiando mais de 290 comunidades e 11 mil pescadores. “Os acordos regulamentam várias atividades, como a pesca esportiva, comercial e de subsistência. Independente da finalidade de uso público, essa ferramenta visa organizar e empoderar os comunitários para que eles possam ser os protagonistas de todas as cadeias produtivas atreladas ao peixe”, destacou.
No Amazonas, três Unidades de Conservação (UC) destacam-se pelo desenvolvimento da pesca esportiva: as Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro, Matupiri e Uatumã, que têm na atividade seu principal ativo econômico. Anualmente, a modalidade atrai cerca de 25 mil pescadores para o Amazonas e movimenta mais de R$ 250 milhões na economia do estado.
Segundo o gestor da RDS Uatumã, Cristiano Gonçalves, a pesca amadora é a principal catalisadora de recursos para as populações tradicionais que moram na Unidade de Conservação. “Os donos das pousadas são os próprios comunitários, que absorvem a mão de obra de outros moradores, que prestam serviços como piloteiros, arrumadeiras, guias de pesca, ou seja, é uma atividade que gera renda ao mesmo tempo, que promove a conservação da fauna aquática”, afirmou.
Para o secretário da Sema, Eduardo Taveira, a participação do Amazonas em destaque no Workshop reforça o protagonismo do estado em promover o turismo de pesca esportiva nas UCs estaduais. “Isso colabora com a determinação do governador Wilson Lima de transformar a agenda do desenvolvimento sustentável numa agenda prioritária para o Governo, em especial nas nossas áreas protegidas sob gestão da Sema”, disse.
A atividade de pesca esportiva no Amazonas envolve, além da Sema, a Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (Amazonastur), a Secretaria de Produção Rural do Estado (Sepror) e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).