Na manhã desta terça-feira (20), os professores da rede pública do estado que fazem parte do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom Sindical), estiveram no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) para cobrar a abertura da CPI da Educação que pretende investigar indícios de corrupção e desvio do dinheiro público.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta pelos deputados Dermilson Chagas (Podemos) e Wilker Barreto (Podemos) para investigar os gastos de mais R$ 130 milhões feitos com dispensa de licitação e contratos emergenciais pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), está paralisada desde julho deste ano, após a mesma ter entrado em conflito com a CPI da saúde, com o pedido de impeachment do governador Wilson Lima (PSC) e posteriormente com a retirada da assinatura do deputado Augusto Ferraz (DEM).
Com os trabalhos da CPI da saúde encerrado e o impeachment de Wilson ter sido arquivado, os professores pedem agora a instalação da CPI da Educação que precisa de apenas uma assinatura para ser instalada.
A coordenadora da Asprom, Helma Pereira Sampaio por meio da cessão de tempo concedida pelo deputado Dermilson para falar em tribuna, disse que a Casa Legislativa precisa ter um compromisso com a categoria da educação. “Não há mais condições de protelar o início da CPI para investigar os gastos do estado com a educação. A CPI da saúde mostrou casos de corrupção, imagina na educação. O que será que está sendo feito? Então temos motivos para acreditar que existem desvios na educação. E a categoria precisa de uma resposta. Não vamos admitir corrupção”, disse.
Ainda em sua fala, Helma relata que os professores estão sendo alvos de retaliação por parte do Governo por terem aderido à greve contra o retorno das aulas presenciais pelo grande número de casos de Covid-19 no Amazonas. “Ameaçam tirar o pão da mesa da família dos educadores se não cumprirem a ordem de darem aula presencial nas salas, fazendo com fiquem entre a cruz e a espada”.
Assinatura CPI
Para o deputado Dermilson, o foco agora será em dialogar com os parlamentares para garantir a assinatura que falta para instalar a CPI da Educação. “Temos muitas denúncias e queremos comprovar se isso que chegou até nós, é de fato, verdadeiro. Agora vamos conversar com todos e se tudo der certo, vamos conseguir instalar”, disse.
Gabinete do Deputado Dermilson Chagas (Podemos)
Texto: Assessoria do Deputado
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Foto: Danilo Mello / Aleam