O Dia Mundial da Alfabetização foi criado em 1967 pela Organização das Nações Unidas (ONU), em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Comemorado todo dia 8 de setembro, a data celebra o compromisso dos países em erradicar o analfabetismo.
Segundo dados obtidos em 2019 da Pesquisa Anual por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) em Educação, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Amazonas possui 5,4% de taxa de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais, correspondente a cerca de 158 mil habitantes. Em 2016, a taxa era de 6,9%.
“A alfabetização é uma porta de acesso à cidadania e permite que jovens e adultos participem de oportunidades de aprendizagem ao longo da vida e possam, também, despertar o interesse pela elevação da escolaridade”, explica a ex-secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Ivana de Siqueira.
A PNAD Contínua mostrou que entre aqueles que não completaram a educação básica no Amazonas, 5,7% não possuíam instrução, 29,7% tinham o ensino fundamental incompleto, 6,1% tinham o ensino fundamental completo e 4,4%, o ensino médio incompleto.
A presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputada Therezinha Ruiz (PSDB) após ouvir diversos educadores, afirmou que existe uma grande preocupação com o ano de 2020 no Brasil. “Ainda temos crianças que não frequentam a escola e hoje, por causa da pandemia, temos muitas sem estudar. A alfabetização é um dos períodos mais importantes para a criança, onde ela está ao lado de colegas e professores, é feita sua sociabilização”, afirmou.
A parlamentar afirmou ainda que é necessária a universalização da alfabetização do Brasil. “Cabe às prefeituras essa modalidade de ensino. Esse ano já está prejudicado, entretanto é necessária que haja uma preocupação dos prefeitos para que toda criança seja alfabetizada”, declarou.
Therezinha aproveitou a data para afirmar que é necessário haver um esforço conjunto para o retorno às aulas. “O déficit de alfabetização será uma grande lacuna para o próximo ano, defendo a prevenção e que nós possamos criar condições para que nós possamos salvar as crianças para que elas possam cumprir o seu ano letivo”, defendeu a deputada.
Diretoria dele Comunicação da Aleam
Texto: Alessandro Cavalcanti
Foto: Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas