Em reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde desta quinta-feira (27), o deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) afirmou que o pagamento de quase R$ 17 milhões mensais para a Organização Social (OS) Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) que gerencia o Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, referentes ao quarto termo aditivo para o combate à pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19, é um assalto à mão armada aos cofres públicos do Estado.
A declaração do parlamentar se baseou em dados do Portal da Transparência do Governo e nos relatórios da própria OS apresentados na CPI, onde apontaram que o Estado paga, desde o dia 1º de abril, R$ 16.902.698 para o funcionamento de 100% da sua estrutura, mas a unidade presta apenas 70% dos serviços. Além disso, a totalidade do pagamento contradiz com 27% da taxa de ocupação de leitos de UTI da unidade, conforme divulgado pela nota oficial da Secretaria de Estado de Saúde (Susam) no último dia 23 de agosto.
“O próprio governo reconhece que só tem apenas 27% dos leitos ocupados no Delphina, mas continua pagando cheio por um serviço que não é devolvido pela população. Isso sem falar que estamos em agosto e temos ainda mais quatro meses de pagamentos. Isso é pior que assalto à mão armada, o cara chega, leva R$ 16 milhões do contribuinte e vai embora”, explicou Wilker, ressaltando ainda que os órgãos de controle precisam dar continuidade aos trabalhos da CPI. “Vai sair gente algemada nesse contrato que não tem fiscalização nenhuma”.
Depoimento
Os membros da comissão colheram nesta quinta o depoimento de Thayane Cristina, contadora do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH). Durante a oitiva, a servidora informou que os gerentes ganham na faixa de R$ 15 mil a R$ 20 mil, mas se negou a detalhar os salários de cada gestor. A depoente se recusou também compartilhar informações sobre os pagamentos recebidos pela OS.
Diante da negativa, Wilker sugeriu que a Comissão quebre o sigilo bancário da Organização Social. “Essa foi a primeira depoente que não forneceu um documento para esta comissão e uma das piores contadoras que eu já vi, porque não sabe de nada. Por isso, vamos propor a quebra do sigilo bancário desta instituição porque precisamos descobrir o nascedouro dessa roubalheira”, finalizou.
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Foto: Wilkinson Cardoso