O deputado Sinésio Campos (PT) ao optar por continuar trabalhando, em plataforma digital, nas Sessões da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), esclareceu que a decisão partiu do fato de haver o alerta de risco de uma segunda onda de pandemia de Covid-19 no Amazonas.
A preocupação foi anunciada na manhã desta terça-feira (7), quando o deputado tomou como base um alerta do epidemiologista da Fundação Oswaldo Cruz, Jesem Orellana, sobre a possibilidade de um segundo momento de contaminação, em função da pressa na retomada das atividades do comércio, cinema, creches e escolas e universidades privadas ao meio aos casos de Covid-19 e a população ignorando os riscos.
O parlamentar alerta que o especialista Jesem Orellana adverte sobre o fato de gestores, políticos e até pesquisadores têm vindo a público em lives e vídeos dizer que o pior já passou e que a epidemia está acabando em Manaus. Contudo, pode haver a volta de uma segunda onda e custar muitas vidas e perdas econômicas mais graves. Estudos do epidemiologista também mostram que a pandemia em Manaus foi muito pior que em outras cidades do Brasil e do mundo.
Sinésio Campos ressalta que Manaus entrou, nesta segunda-feira (6), na quarta fase da liberação de atividades econômicas, com 50% da capacidade, mesmo com sistema de saúde ainda fragilizado para enfrentar novos picos da Covid-19. “Dados da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) atestam que Amazonas tem 76.427 casos confirmados da doença e 2.938 mortes. O estado tem mais mortes que em países como Portugal e Argentina que possuem populações 5 ou 25 vezes maiores”.
A retomada das atividades econômicas foi determinada pelo governador, Wilson Lima (PSC), em decreto de 28 de maio, quando o Amazonas registrava 11.758 casos de Covid. A consequência foi o número de infectados foi multiplicado por seis. Manaus foi epicentro da doença, mas o governo não decretou medidas mais rígidas de isolamento social. Logo após a desaceleração, a partir de maio, o governo anunciou a retomada gradual das atividades em quatro ciclos: 1º, 15, 29 de junho e 6 de julho.
Na reabertura do dia 15, houve registros de aglomerações nas ruas do comercio, flutuantes e em restaurantes montados à margem do Rio Negro. As aglomerações têm sido uma constante desde que o decreto 42.099 definiu as regras do isolamento social. O Centro de Operações de Segurança (Ciops) da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) registrou 16.318 denúncias de aglomerações na capital desde a publicação do decreto em 21 de março. Entre 20 e 21 de junho a Polícia Militar fiscalizou mais de 600 bares em Manaus que funcionavam de forma irregular.
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