Empresários do ramo de olaria, construção civil, além de representantes dos órgãos de defesa do consumidor, deverão ser convocados pela Câmara Municipal de Manaus (CMM) a prestar esclarecimentos sobre o alto custo no preço do tijolo, registrado nos últimos meses, na capital amazonense. O assunto foi destacado por alguns vereadores, logo no início da sessão plenária desta segunda-feira (6), e uma audiência pública foi solicitada por Sassá da Construção Civil (PT), para que a temática seja discutida no parlamento.
De acordo com denúncias recebidas pelos parlamentares, os valores cobrados nos estabelecimentos comerciais estariam praticamente inviabilizando a realização de obras nos quatro cantos da cidade. O milheiro do tijolo, que há pouco tempo custava entre R$ 400 e R$ 500, hoje chega a ser vendido por mais de mil reais.
O problema também atinge outros produtos de suma importância no ramo, como o cimento, que é comercializado em alguns locais por até R$ 31, a saca, conforme explicou o vereador Sassá da Construção Civil (PT).
Ao cobrar maior fiscalização por parte do Procon, sobre o que ele considera um absurdo em pleno período de inflação baixa no país, Sassá pediu apoio aos demais vereadores e informou que fará um requerimento para solicitar que a Mesa Diretora da CMM realize a audiência pública o mais rápido possível, com a participação de todos os interassados na questão.
O presidente da CMM, Joelson Silva, também se pronunciou sobre o assunto e disse que tem recebido várias reclamações, principalmente, relacionadas aos valores pagos pela compra do tijolo.
“Algumas pessoas ligadas à construção civil, a empresas e sindicatos, me passaram mensagem sobre os preços dos tijolos, que já está quase inviabilizando obras na cidade. Não sei se é alguma questão relacionada às olarias, porque, realmente, são preços absurdos. Precisamos saber qual é a motivação que levou a isso (de o tijolo ter ficado tão caro), de uma hora para outra”, indagou Joelson Silva.
Os vereadores Rosivaldo Cordovil (PSDB) e Elissandro Bessa (SD), também fizeram questionamentos sobre a situação, durante o pequeno expediente desta segunda-feira.
Bessa informou que esteve em Iranduba (a 70 quilômetros de Manaus), na última sexta-feira (3), e foi comunicado que, metade das olarias foi fechada na localidade, nos últimos três meses, por conta da pandemia do novo coronavírus. As empresas ficaram fechadas, as vendas caíram, os trabalhadores pararam de construir e, por isso o custo ficou elevado, segundo a avaliação do vereador.
Mesmo associando o aumento dos preços à queda nas vendas dessas empresas, o parlamentar considerou importante a sugestão de se realizar a audiência pública, para que o parlamento municipal possa verificar a veracidade da informação e buscar soluções urgentes para o problema.
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Texto: Isaac Júnior – Dircom/CMM
Foto: Robervaldo Rocha – Dircom/CMM
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