Membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde do Amazonas que investiga irregularidades do Governo entre 2011 e 2020, o deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) encara como manobra do Estado os pedidos de suspensão da CPI da Saúde por intermédio da base governista na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). A medida dos parlamentares diante do Judiciário, segundo o líder da minoria, tenta frear os trabalhos da CPI, que já revelou informações que apontam esquema de corrupção na Secretaria de Estado da Saúde (Susam) e superfaturamento na compra de ventiladores pulmonares feito pelo Governo.
“Eu não tenho dúvidas que isso é uma manobra do Governo em tentar parar os trabalhos da CPI, que está trazendo inúmeros resultados em poucos dias. Os deputados que estão ingressando na Justiça não tiveram coragem de assinar a CPI. Se o governo não tem nada a temer, deixa a gente investigar”, criticou Barreto.
O deputado pediu autonomia para manter os trabalhos investigativos e ameaçou sair da Comissão, caso o Executivo altere a formação dos membros e torne a CPI com ‘DNA governista’, o que pode acabar fazendo com que a Comissão que mais trouxe resultados reais nos últimos tempos, até o momento, termine como a grande maioria: em pizza.
“Ou nós vamos ter autonomia para convocar quem quiser, investigar o documento que quiser, solicitar qualquer informação, ou não irei participar de uma CPI para terminar em pizza, assim como foi a CPI dos Combustíveis que não deu em nada e a sociedade criticou bastante”, frisou Wilker.
Na última terça-feira (16), o desembargador Ernesto Anselmo Queiróz Chíxaro proferiu uma decisão provisória de suspender a CPI da Saúde, pela evidência de que a definição dos membros processantes não atendeu a requisitos previstos no Regimento Interno do Poder Legislativo do Estado.
A concessão da liminar atende ao pedido em mandado de segurança do deputado estadual Felipe Souza (Patriotas), que reivindica o direito de participar da CPI por “ser o indicado mais velho dentro do seu bloco parlamentar”.
A ação mais recente, ainda, foi do Mandato de Segurança impetrados pelos parlamentares Belarmino Lins, Mayara Pinheiro e Álvaro Campelo, todos do Progressista (PP), que alegam que a definição dos membros não atendeu a requisitos previstos no Regimento Interno do Poder Legislativo do Estado. A liminar foi concedida pela juíza convocada para atuar como desembargadora, Onilza Abreu Gerth.
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Texto: Assessoria do Deputado
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