Aproximadamente 14 mil alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede de ensino da Prefeitura de Manaus participam das atividades pedagógicas remotas, por conta da pandemia da Covid-19. O total de 66 unidades de educação, além de mais dois centros municipais de ensino, coordenados pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), está sendo atendido por atividades a distância.
A programação é realizada por meio da Gerência de Educação de Jovens e Adultos (Geja) da secretaria, que fornece aos professores os planos de aulas quinzenais para o 1º segmento, disponibilizando links de aulas e atividades voltadas para o currículo da EJA. A mobilização ocorre por meio de aplicativos de conversa. São disponibilizadas as aulas e atividades realizadas com os alunos. Já com os estudantes do 2º segmento, os professores trabalham materiais midiáticos de acesso a aulas por disciplinas (bimestralmente), também on-line.
De acordo com a gerente da Geja, Alina Bindá, para atender os alunos, além do auxílio por meio da internet, os professores ainda produzem apostilas, gravam áudios, trocam mensagens e ligações.
“A EJA, assim como todas as modalidades e níveis de ensino, teve que ser reinventada para esse formato remoto. Contamos com o compromisso dos professores, pois eles têm correspondido nas ações de envolvimento dos alunos, considerando que são pessoas que estudam à noite, que trabalham no período diurno e que não tiveram as atividades laborais suspensas. Por essas e tantas outras razões, as aulas em casa na EJA precisam seguir uma disponibilidade diferenciada”, pontua.
A escola municipal Nazira Chamma Daou, no bairro de Educandos, zona Sul, conta com mais de 190 alunos, do 1º e 2º segmentos da EJA, participando das atividades a distância. Para a professora Maria Silene Carneiro, a programação com os estudantes é importante, e também conta com o apoio do Centro Municipal de Assistência Sociopsicopedagógico (Cemasp), da Semed.
“Foi preciso nos reinventarmos e buscarmos alternativas para atender os alunos da EJA e manter o ritmo das aulas a distância. Dentre as muitas atividades que temos realizado, queremos destacar a criação de grupos pelo WhatsApp, ferramenta essencial para que a comunicação aconteça, além do atendimento virtual. Algumas vezes por SMS, porque o aluno não tem internet ou por meio de uma ligação. Não podemos deixar de citar a parceria com o Cemasp, cujas assessoras estão sempre dispostas a nos ajudar”, observa.
Após passar 4 anos sem estudar, a empregada doméstica Maria do Socorro Gomes, 38, mãe de cinco filhos, aluna do 1º segmento da EJA na escola Nazira Chamma Daou, afirma que não encontra dificuldades para participar das aulas a distância.
“Na sala de aula a diferença é que temos contato físico com o professor e a interação acaba sendo melhor. Pela internet tem o lado bom, devido a comodidade. Fazemos as atividades que não são do nosso horário de aula, mas acabamos acompanhando da mesma forma o conteúdo. A explicação da professora é muito boa, as dificuldades são poucas. Quando temos alguma dúvida, a professora explica no grupo”, destaca.
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Texto – Paulo Rogério / Semed
Foto – Divulgação / Semed