Os vereadores discutiram durante a sessão virtual da Câmara Municipal de Manaus (CMM) desta segunda-feira (18/5) uma Moção de Solidariedade ao prefeito de Manaus Arthur Neto (PSDB), atacado pelo presidente da República Jair Bolsonaro. A moção foi subscrita pela maioria dos vereadores, que criticaram o ato de desrespeito com Arthur Neto e seu pai Arthur Virgílio Filho.
Em um vídeo que vazou para a imprensa, de uma reunião ministerial realizada no dia 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro falou, em alguns momentos, sobre a pandemia do novo coronavírus, criticando os prefeitos das cidades, em específico, o prefeito de Manaus.
Segundo pessoas que tiveram acesso à gravação da reunião, Bolsonaro cita especificamente o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), fazendo referência ao pai do político, Arthur Virgílio Filho, senador que foi perseguido e cassado pela Ditadura Militar (1964-1985).
Segundo Raulzinho o prefeito de Manaus está trabalhando muito contra o coronavírus e a fala de Bolsonaro foi caluniosa. “O prefeito está trabalhando 24 horas por dia procurando soluções para essa crise, causada por essa doença que já levou mais de mil pessoas a óbito em Manaus. Se tem uma pessoa que está preocupado com o povo é o Arthur e a fala do Bolsonaro é uma falta de respeito não apenas com o prefeito, mas com seu pai, o Arthur Virgílio Filho, que foi um dos grandes políticos do nosso estado”, defendeu o parlamentar.
Todos os vereadores se solidarizaram e manifestaram apoio ao prefeito de Manaus, como o vereador Elias Emanuel que defendeu Arthur Virgílio Filho. “O pai do Arthur Neto, foi um lutador da democracia, foi perseguido durante a Ditadura Militar e sempre foi um grande defensor do Amazonas, isso que foi falado pelo presidente da república foi descabido e merece nosso repúdio” disse.
Procurado, Arthur Neto já respondeu às declarações afirmando que Bolsonaro não respeita ninguém, insulta a todos e não muda. “Eu passo o dia trabalhando, já ele bate perna. Então se tem um vagabundo aqui não sou eu não. Vagabundo é quem não faz nada. Eu é que não vejo ele trabalhando. Bolsonaro é co-responsável por essas mortes todas pela Covid-19”, declarou Arthur Virgílio.
A moção deve ser votada nesta terça-feira (19/5) durante a pauta da reunião ordinária.
Texto: Tiago Ferreira – Dircom/CMM
Foto: Robervaldo Rocha – Dircom/CMM
Edição: Francismar Lopes – Dircom/CMM
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