A pandemia mundial pelo novo coronavírus forçou a reclusão das famílias em casa e, isso pode significar para milhares de mulheres um verdadeiro pesadelo físico e mental.
De acordo com psicólogo Manoel Diz, gerente de atendimento do Centro Médico da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), “esse confinamento e a superexposição a notícias ruins por parte da mídia, além do cenário de incertezas na economia acaba por colaborar com o adoecimento mental das pessoas, o que aflora os piores instintos. Muitos homens e mulheres estão desempregados e essa violência acaba por atingir principalmente mulheres e crianças”, analisou Manoel Diz.
A avaliação é confirmada por meio dos dados oficiais da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), que apontam aumento de 20% no número de Boletins de Ocorrência (BOs), com denúncias de violência contra a mulher, nos meses de março e abril em todo o Amazonas. Os BOs estão sendo documentados por meio da plataforma da Delegacia Interativa (DI).
A Organização Internacional do Trabalho (OIT), no Brasil, mostrou que mulheres são mais sujeitas à informalidade do que homens e correspondem a mais de 90% dos trabalhadores domésticos, também mais vulneráveis em períodos de crise econômica. Cenário propício para o quadro de vulnerabilidade a agressões e dependência financeira dos parceiros.
Diretoria de Comunicação da Aleam
Texto: Mariana Braga
Foto: Reprodução da Internet