O deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) cobrou, nesta quarta-feira (29), que o Governo do Amazonas dê explicações sobre a contratação, com dispensa de licitação, de duas empresas com atividades fora do ramo da saúde, para atuar em portaria de hospitais e serviços de enfermagem nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no interior. A primeira é J H C Guedes Junior Eirelli, especializada em serviços de impressão gráfica para prestar o serviço de portaria no hospital de campanha da Nilton Lins, enquanto que a segunda é a Petra Engenharia e Comércio de Eletrônicos Ltda, ligada a equipamentos de telefonia e comunicação e que será responsável pelos plantões de enfermagem nos hospitais regionais Lázaro Reis e José Mendes, localizados em Manacapuru e Itacoatiara, respectivamente.
De acordo com o Portal da Transparência do Governo, o Executivo pagou R$ 499.827,00 para a J H C Guedes Junior Eirelli prestar serviços de agente de portaria no Nilton Lins. Enquanto isso, a Petra Engenharia foi a vencedora pela Susam para prestar serviços de enfermagem nas UTIs do interior, após oferecer o valor de R$ 177,3 mil pelos plantões.
Em seu discurso na Sessão virtual da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o parlamentar questionou a contratações das empresas, já que nenhuma delas atuou na rede pública de saúde, conforme a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).
“São contratações preocupantes. Uma ganhou R$ 500 mil para trabalhar na portaria da Nilton Lins, mas que o CNPJ da empresa não tem nada que faça alusão a este tipo de trabalho, a atividade principal é impressão de material para uso publicitário. A outra é especializada em telefonia e vai cuidar das UTI no interior. Isso é grave, eu nunca vi isso. Parece que a Susam continua seguindo na mesma linha da empresa de vinhos. O Governo precisa explicar esses contratos”, afirmou Wilker, frisando ainda que irá apresentar um requerimento solicitando informações da atual gestão.
Barreto voltou a cobrar sobre ações mais concretas e eficientes da atual gestão em meio a pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19, no Estado, além de pedir soluções para problemas recorrentes, como a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para os profissionais que atuam na linha de frente da pandemia e o pagamento dos salários da categoria, que já estão atrasados há 7 meses.
“Faço um apelo para que o Governo seja mais enérgico nas suas ações para o enfrentamento da pandemia. Cadê o cronograma de pagamento dos terceirizados da saúde, cadê o socorro da economia e os que estão em confinamento, já se passaram 40 dias e até agora só teve R$ 200 reais para 50 mil famílias, isso é muito pouco”, finalizou o deputado.
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