Sem data definida para inauguração, o hospital de campanha Nilton Lins, anunciado no dia 2 de abril pelo Governo do Estado para atender a pacientes contaminados pelo novo coronavírus, causador da Covid-19, no Amazonas, vem sendo motivo de preocupação para o deputado estadual Wilker Barreto (Podemos). Em seu discurso na Sessão Ordinária virtual da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) desta quarta-feira (15), o parlamentar criticou a declaração da secretária estadual de Saúde, Simone Papaiz, na última terça-feira (14), quando a titular da pasta afirmou que ainda não tem previsão para o início das atividades na estrutura, que irá custar R$ 2,6 milhões aos cofres públicos, pelo prazo de três meses.
Para Barreto, a demora do Executivo para colocar o hospital em funcionamento poderá custar vidas, tanto dos pacientes diagnosticados com Covid-19 quanto dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente contra a doença, que já infectou 1.484 pessoas e causou 90 mortes no Estado.
“É inadmissível não termos uma data para inauguração do hospital de campanha da Nilton Lins. No início do mês, o governador falou que entregava o hospital em sete dias, aí a secretária de saúde dá uma entrevista falando que não tem data definida. Pandemia não se espera ou nós vamos congelar os pacientes? Governador, precisamos de datas, não podemos brincar com a vida da população amazonense”, explicou o deputado.
No dia 6 de abril, o ex-secretário de saúde, Rodrigo Tobias, afirmou que a entrega do hospital seria em uma semana. Porém, durante a coletiva online do Governo para atualizar os números do Covid-19 no Estado, na última terça-feira, a atual titular da pasta, Simone Papaiz, afirmou que ainda não tem uma data definida para a inauguração do hospital.
O Líder da Minoria da Casa fez um apelo, também, para que a atual gestão tenha uma atenção especial para as demais unidades de saúde do Estado, que também estão à beira do colapso.
Quero também pedir uma atenção especial do Governo para que olhe para as outras áreas da saúde. Precisamos saber como está o FCecon, o Francisca Mendes e demais procedimentos na área da cardiologia porque elas também não param. O paciente que está lá lutando pela vida também é cidadão e tem o direito de viver”, relatou Wilker.
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