O deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) fez um apelo, por meio de suas redes sociais nesta quinta-feira (9), para que o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), recue da nomeação da secretária estadual de Saúde (Susam), Simone Papaiz, anunciada pelo Executivo na última quarta-feira (8) para substituir Rodrigo Tobias. Na publicação, o parlamentar afirma que a nova titular da pasta, que veio de São Paulo, não conhece a estrutura do Amazonas e alertou que o Estado não pode servir de cobaia em meio a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
“Quero aproveitar para dizer abertamente para o governador: recue da nomeação da nova secretária de saúde. Nada contra a pessoa, mas o povo do Amazonas não é laboratório de testes. Precisamos de alguém experiente, que dispensa apresentação e com notório conhecimento do nosso Estado. Se o senhor não tiver coragem e bom senso de voltar atrás, vidas serão ceifadas e eu irei responsabilizá-lo”, explicou Barreto.
O Líder da Minoria na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) ponderou também que existem profissionais locais mais capacitados e com vasto conhecimento do Amazonas, que soma mais de 3 milhões de habitantes. A nova titular era, até então, secretária municipal de Bertioga, no interior de São Paulo, que soma apenas 57 mil habitantes.
“Nós temos profissionais no Amazonas que conhecem a nossa realidade e a estrutura do nosso Estado. Estamos em meio a uma pandemia, o Amazonas já é o que tem a maior incidência da doença a cada 100 mil habitantes em todo o país, não temos tempo para esperar porque os números são galopantes. Governador, não brinque com o povo amazonense, recue enquanto tem tempo e procure uma melhor solução para o nosso Amazonas”, finalizou Wilker.
Na quarta-feira (8), o Ministério de Saúde divulgou que o Amazonas já registra a maior incidência da doença Covid-19 entre todas as unidades federativas do Brasil, com 19,1 contaminações do novo coronavírus para cada 100 mil habitantes. Já são 804 casos confirmados da doença e de 30 mortes registradas no Estado.
O estudo aponta ainda que a taxa no estado já é maior que a média nacional, que é de 7,5 para cada 100 mil habitantes. A liderança pertencia antes ao Distrito Federa (DF), que agora caiu para a segunda posição com uma taxa de 16,7/100.000, seguido de São Paulo (14,5), Ceará (14,1), Amapá (12,4) e Rio de Janeiro (11,2). Todos estes estados estão acima da média nacional e em estado de emergência.
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