Em visita ao hospital da Universidade Nilton Lins, nesta quinta-feira (09/04), a nova secretária de Saúde, Simone Papaiz, destacou que o Governo do Amazonas tem dado uma resposta rápida à necessidade de ampliação de leitos para pacientes de Covid-19. A unidade privada tem capacidade para 400 leitos clínicos, com possibilidade de adaptação para leitos de UTI, e funcionará como ponto de apoio ao Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz, referência para casos graves do novo coronavírus. A previsão é que o local esteja operante já a partir da próxima semana.
“Isso é algo que nos tranquiliza, de certa forma, com toda essa situação da pandemia, com esses números elevados. Então a gente tem que ter ação imediata. Mas o importante é dizer que temos condições de aumentar essa oferta de leitos e manter o fluxo que já está implantado”, afirmou a secretária.
De acordo com Simone Papaiz, ao dispor de uma estrutura de retaguarda pronta como a do hospital da Nilton Lins, o Amazonas ganha um diferencial em relação a outros estados, que têm optado pela montagem de unidades de campanha, estruturas consideradas mais caras e limitadas.
“A grande impressão que eu tive da estrutura do Hospital da Nilton Lins é que ele tem total condição de fazer todo o aporte e implementação de leitos, tanto de baixa e média complexidade quanto de UTI. A gente tem uma estrutura ótima para fazer a implantação desses leitos, inclusive, com equipamentos e serviços que a gente demoraria muito para fazer em uma situação de hospital de campanha: rede de gases, toda a parte de infraestrutura. Isso tudo faz com que a gente tenha mais agilidade para efetivamente implantar os leitos aqui nessa unidade, juntando com a possibilidade e capacidade operacional do Delphina Aziz”, frisou.
Na avaliação da secretária, a abertura de mais um hospital de referência para os casos graves de Covid-19 também ajudará a aliviar a pressão sobre as demais unidades da rede estadual. “A estrutura é realmente algo que nós precisávamos para validar essa situação, e a estrutura é algo que precisávamos para colocar aqui a referência de Covid-19. Então a gente deixa essas duas unidades como referências e também desafoga as outras unidades para as outras cormobidades, que continuam acontecendo em paralelo com a situação da pandemia”, disse.
Acompanhamento – Para viabilizar a entrega dos leitos num curto espaço de tempo, a Secretaria de Saúde (Susam) montou uma força-tarefa para fazer o levantamento das necessidades operacionais do hospital de retaguarda, incluindo recursos humanos, insumos e serviços. Todo o processo é acompanhado pelo Ministério da Saúde, que tem deslocado equipes para o Amazonas para dar o suporte necessário durante a pandemia.
“Esse diálogo está sendo muito positivo. O Ministério da Saúde está com um olhar e com apoio. Fiquei muito confortável com o apoio deles, inclusive de equipamentos. Talvez também haja a chegada de equipamentos para que a gente vá montando esses leitos de UTI ao mesmo tempo que a gente vai montando esses leitos de baixa e média complexidade”, frisou a secretária da Susam.