O deputado Sinésio Campos (PT) defendeu as ações do Estado e Município para a organização e apoio às bandas e blocos de Carnaval de Manaus, como forma de incentivo às atividades formais e informais para a geração de ocupação e renda neste período de folia. Mas, também sugeriu a necessidade de as instituições governamentais criarem mecanismos de desburocratização para o licenciamento e obtenção de permissão pelas agremiações. “Trata-se de uma maratona exaustiva e complicada que pode ser simplificada”.
O deputado apontou, em pronunciamento feito na manhã desta quinta-feira (20), em Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), que o país enfrenta uma crise econômica que acarreta o desemprego na capital e, sobretudo, nos municípios que estão com economia estagnada. “Tenho visitado municípios em que boa parte da população aguarda ansiosa pela realização de eventos culturais e comemorativos para conseguir algum dinheiro com a venda de produtos. Apesar de alguns avaliarem o investimento em atividades culturais algo desnecessário. Não gostar de Carnaval é uma escolha. Para muitas famílias é sobrevivência. E, todo trabalho é sagrado”.
Mas, Sinésio lamentou o fato de que as dificuldades deixam muitas bandas de fora do processo. Das propostas apresentadas à Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC), este ano, 77 foram habilitas e 26 desabilitadas. Muitas das bandas e blocos enfrentam dificuldades de atendimento para reunir a documentação necessária. São muitas as certidões e providências necessárias e, em diferentes órgãos públicos.
Diante disso, uma das sugestões foi para que as instituições promovam a centralização do atendimento e a criação de um setor para a orientação das agremiações para o Carnaval de 2021. “As bandas precisam percorrer do Corpo de Bombeiros as secretarias de Estado e município, como SMTU, Manaustrans, Semmas, Semulsp, Polícia Militar, Conselho tutelar, Detran, Eletrobras, ECAD, Feiras e Mercados, e por aí vai. A centralização desses serviços seria um forte facilitador. De contrapeso ainda há taxas públicas”.
Para o parlamentar, o apoio à organização de eventos artísticos e culturais é um dever do poder público pelo fato de, além do aquecimento das vendas no comércio e vendedores ambulantes, e opção de lazer à sociedade, também gerar ocupação para centenas de pessoas como músicos, agentes de segurança, transporte, entre outros. “Hoje para se organizar uma banda há necessidade de contratar bombeiros civis, seguranças e até ambulância”.
Por fim, o deputado fez anuncio e exibição de um vídeo da Banda do Gigante, da Zona Leste de Manaus, que será realizada na segunda-feira (24) de Carnaval a partir das 16h, na rua Engenheiro Vilar Fiúsa da Câmara, São José Operário. O enredo deste ano é: Em terra de fake news quem consulta o Google é rei! A Banda reúne uma média de 40 mil pessoas da zona leste e de outros pontos de Manaus.
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