17:01 – 24/01/2020
FOTOS: Lucyleny Rocha e Izaías Godinho
Com o objetivo de conhecer os projetos de desenvolvimento sustentável implementados na região amazônica, uma comitiva do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) visitou, nesta quinta-feira (23/01), a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã. Localizada entre os municípios de São Sebastião do Uatumã e Itapiranga, a RDS é uma das 42 Unidades de Conservação (UC) gerenciadas pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e que conta com projetos financiados pelo Fundo Amazônia.
O Fundo, por meio do BNDES, financia projetos voltados para as ações de prevenção, monitoramento e conservação da floresta. O banco já captou, junto aos doadores internacionais, mais de R$ 3 bilhões voltados para a política ambiental.
Para o secretário de estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, parcerias como essa são estratégicas para alavancar um setor com grande potencial econômico e que beneficia diretamente as comunidades tradicionais da RDS do Uatumã.
“Conseguimos reunir o Governo do Estado, o terceiro setor e um grande financiador federal para apresentarmos projetos bem sucedidos para o fortalecimento de uma cadeia produtiva na região. Isso mostra que, com investimento para o uso adequado dos ativos florestais, podemos beneficiar a população local e ainda conservar a natureza”, destacou o titular da Sema.
Na ocasião, estiveram presentes membros do BNDES, Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) e representantes da Associação Agroextrativistas das Comunidades da RDS do Uatumã.
O diretor de crédito e garantia do BNDES, Petrônio Cançado, ressaltou que uma das prioridades do banco é destinar recursos para a conservação da floresta e melhoria da qualidade de vida dos ribeirinhos. “Ver de perto a execução de projetos como esse é um indicativo positivo das ações do BNDES, que investe cada vez mais nesse segmento”, afirmou.
Nova miniusina de óleos – A comitiva do BNDES também realizou a inauguração da primeira miniusina de óleos vegetais no âmbito do projeto “Cidades Florestais” – promovido pelo Idesam, com apoio do Fundo Amazônia. O projeto pretende, entre outras atividades, fomentar a produção florestal familiar e comunitária no Amazonas, tanto madeireira quanto não madeireira.
Segundo o diretor técnico do Idesam, Carlos Koury, a miniusina tem o propósito de uso múltiplo da floresta. “Temos a intenção de colocar em prática três linhas de produção para gerar manteigas, óleos e essências na RDS, podendo ainda ampliar a produção para mais de 30 espécies aptas a agregar valor localmente com as usinas, para que elas sejam comercializadas com novo valor e beneficiando a comunidade local”, explicou.
A miniusina da RDS do Uatumã faz parte do plano de instalação da rede de óleos na região, que pretende construir ainda mais duas miniusinas de extração de óleos vegetais no estado. O Idesam gerencia outras três já existentes nos municípios de Silves, Lábrea e Carauari.
Investimentos previstos – A comitiva do BNDES também participou de reunião com o governador do Amazonas, Wilson Lima, na quarta-feira (22/01), na sede do Governo do Estado, em Manaus. Na ocasião, o Banco garantiu o repasse da primeira parcela para execução do ProjeCAR – o Projeto de Inscrição e Análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR) – ainda para este trimestre.
Coordenado pela Sema, o projeto tem o objetivo de aprimorar a infraestrutura e ampliar a implementação do CAR no Amazonas. O projeto é realizado com apoio do Idam, Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Fundo Amazônia e Agência de Cooperação Alemã (GIZ).
Criado pela Lei 12.651/2012, o Cadastro Ambiental Rural é um documento eletrônico obrigatório para todos os imóveis rurais e visa controlar, monitorar e combater o desmatamento das florestas e demais formas de vegetação nativa do Brasil.
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