A equipe de investigação do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), sob a coordenação do delegado Sinval Barroso, diretor do departamento, cumpriu na tarde de quinta-feira (23/01), por volta de meio-dia, mandado de prisão temporária em nome de Renato Ribeiro Barreto, 29, pelo latrocínio do adolescente Paulo Henrique Lira Vieira, que tinha 16 anos. O crime aconteceu na tarde do dia 30 de junho de 2019, por volta das 15h, no bairro Crespo, zona sul da cidade.
Durante coletiva de imprensa, a autoridade policial relatou que Renato foi preso na rua Marginal do 40, do mesmo bairro e zona, onde ocorreu o delito. No momento do crime, o adolescente estava desembarcando de um transporte público, a caminho da casa da tia dele, onde iria encontrar o pai, que havia chegado do município de Autazes (distante 113 quilômetros em linha reta da capital). Na ocasião, Paulo Henrique foi abordado e espancado por Renato e mais dois comparsas, que também subtraíram o celular, a mochila e o tênis da vítima.
“Após investigações, constatamos que os infratores trabalhavam, supostamente, como flanelinhas naquela região, e constantemente efetuavam roubos para sustentar o uso de entorpecentes. Conforme relatos colhidos durante a apuração dos fatos, no dia do crime, os indivíduos abordaram uma vítima que não tinha possibilidades de defesa, e cometeram esse delito brutal. Eles deixaram o corpo do adolescente em um igarapé, próximo ao local do fato”, relatou Barroso.
No momento da coletiva, a mãe do adolescente, Jaqueline Lira, que esteve presente, manifestou gratidão à equipe policial do DRCO, pela justiça que está sendo feita. “Infelizmente, mesmo que os responsáveis pela morte do meu filho sejam presos, nada vai trazê-lo de volta, o que me causa revolta. Porém, agradeço à equipe policial pelo trabalho de identificação e prisão de um dos envolvidos no crime, e no que depender de mim, não medirei esforços para ajudar nas buscas pelos outros culpados”, relatou Jaqueline.
De acordo com o delegado, Paulo Henrique fazia aquele trajeto para a casa da tia constantemente, pois o mesmo estava se tratando de uma doença conhecida como púrpura, em uma Unidade de Saúde, localizada nas proximidades da residência dela. No dia do latrocínio, após as agressões, o jovem chegou a ser socorrido, e ficou hospitalizado por quatro dias, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito em decorrência de traumatismo craniano.
Conforme Sinval, as investigações em torno do caso tiveram início no dia 31 de julho de 2019, e dois dos três envolvidos no crime já foram identificados, entre eles, Marcos Luan Meireles Lacerda, que está sendo procurado pela polícia, e Renato, que foi preso ontem por policiais civis do DRCO.
O mandado de prisão temporária em nome de Renato foi expedido no dia 17 de dezembro de 2019, pela juíza Lina Marie Cabral, do Juízo de Direito da Central de Inquéritos. As diligências policiais continuam para localizar e prender os demais envolvidos no delito.
Procedimentos – Renato foi indiciado por latrocínio. Ao término dos trâmites cabíveis na unidade policial, ele será encaminhado para a audiência de custódia no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis, no bairro São Francisco, zona sul da capital.