Governo consolida política de expansão
da atividade econômica para o interior
Uma sub-região de desenvolvimento sustentável a partir de Humaitá englobando mais treze municípios em seu entorno, um polo agroindustrial em Rio Preto da Eva e um centro de produção de gás natural em Silves, projetos lançados no ano passado, estão em franco processo de consolidação e devem abrir cerca de 22 mil vagas no eixo fora da capital com recursos de aproximadamente R$ 2,3 bilhões entre investimentos públicos e privados.
Um dos projetos mais avançados é o do campo de Azulão-Jaguatirica para a exploração de gás natural e a construção de um terminal de liquefação, uma obra estimada em R$ 1,8 bilhão, iniciada em outubro de 2019, pelo Grupo Eneva, que permitirá o fornecimento de energia limpa a Roraima, produzida na Bacia do Amazonas. A expectativa de empregos gerados pelas obras civis e eletromecânicas é de 1 mil vagas em cada um dos Estados. No Amazonas, as vagas devem ser abertas em Silves e cidades em seu entorno.
Com os trabalhos de diagnóstico, previsão orçamentária, estudos de viabilidade e de mercado concluídos, o projeto de implantação do Distrito Agroindustrial de Rio Preto da Eva (Darpe), está agora na fase de elaboração do projeto arquitetônico que será apresentado ao governador Wilson Lima no próximo dia 28, terça-feira. A previsão de investimento para a implantação do Darp está na faixa de R$ 150 milhões somente na fase de implantação.
Incluído no Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA) para o período 2020-2023, o Darp é uma ação intergovernamental entre o município de Rio Preto da Eva, Governo do Estado e Governo Federal, que se estende por uma rede de órgãos públicos que inclui as Secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), de Produção Rural (Sepror), Meio Ambiente (Sema), Companhia de Desenvolvimento do Amazonas (Ciama), além da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e instituições de fomento e pesquisa.
O projeto do Darp contempla uma área delimitada, na qual devem operar 50 agroindústria, envolvendo cerca de 5 mil famílias de agricultores locais. A previsão é de geração de 10 mil empregos em Rio Preto da Eva.
Em Humaitá, (a 695 quilômetros de Manaus) as empresas Zagaia Agro e Sanfran Energy inauguraram na última terça-feira, dia 21, o escritório que ficará com a responsabilidade de tocar projeto para a instalação de um centro de produção agropecuária e cadeias (clusters) integradas de serviços envolvendo logística, armazenamento e de geração de energia fotovoltaica no município, um investimento estimado em R$ 350 milhões, com previsão de geração de 12 mil empregos diretos e indiretos quando estiver operando em sua totalidade.
DIVERSIFICAÇÃO
No dia anterior (dia 20.01), o governador Wilson Lima já havia lançado, no município, o programa “SOS Vicinal”, voltado para a melhoria da logística de Humaitá, que prevê um investimento de R$ 5 milhões na recuperação de trechos de ramais de municípios do sul do Amazonas, além de garantir a retomada das obras do Anel Viário de Humaitá. O governador também inaugurou um frigorífico e entregou implementos para associações e certificados para produtores rurais da região. As obras irão melhorar o transporte da produção agrícola e o desenvolvimento econômico da região.
Para o secretário em exercício de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Renato Freitas, o avanço na execução de projetos voltados para as cidades do interior representa um novo marco nas políticas públicas do Amazonas, assumidas pelo governador Wilson Lima quando eleito. “Não temos dúvidas que a interiorização do desenvolvimento vai alcançar as cidades fora do eixo da capital levando emprego e renda para a população. É também uma ação importante para a diversificação da matriz econômica do Estado com a adição de novos vetores de negócios”, avaliou.