16:15 – 02/01/2020
FOTO: Arthur Castro/Sejusc
Sejusc e Cedim reunirão com sociedade civil para levantar principais demandas do Estado
O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), iniciou os trabalhos para a realização da 5ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres. O evento acontece a cada quatro anos e, em 2020, deve eleger um grupo de mulheres do estado para apresentar as demandas e sugerir políticas públicas na etapa nacional, em Brasília, no mês de novembro.
A Sejusc e o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim) ficarão responsáveis por notificar os municípios do estado e mobilizá-los para a execução de conferências municipais até o dia 30 de abril. Nessas reuniões, serão eleitas delegadas para a fase estadual, prevista para ocorrer em Manaus em julho, e deste grupo sairão 56 mulheres com a missão de ir até Brasília, para a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.
A comissão organizadora, composta por integrantes da sociedade civil, Sejusc, Secretaria de Estado de Saúde (Susam) e Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), reuniu-se nesta quinta-feira (02/01), na sede da Sejusc, para alinhar as tarefas dos próximos meses. O objetivo é conseguir a adesão do maior número de localidades e registrar as demandas de todo o Amazonas.
De acordo com a titular da Sejusc, Caroline Braz, a última conferência reuniu 19 municípios do Amazonas. “É o momento de avaliar as políticas públicas que foram realizadas ao longo dos quatro anos, avaliando o que foi feito, quais foram os avanços, e também mostrando os desafios e novas políticas públicas, caso seja necessário”, pontuou a secretária.
A titular da pasta destacou que o estado obteve grandes vitórias nas políticas para as mulheres em 2019, entre elas a inauguração da primeira unidade do Serviço de Apoio Emergencial à Mulher, Idoso e Criança (Samic), em Itacoatiara, além de milhares de atendimentos nas áreas social, psicossocial e de capacitação. Apesar dos progressos do último ano, Caroline Braz afirmou que as demandas das mulheres são contínuas e a conferência é essencial para saber das novas necessidades.
“Foi um ano muito importante para as mulheres do Amazonas já que os projetos executados beneficiaram demandas envolvendo a segurança, emprego e cidadania, situações que já vínhamos trabalhando e colhemos os frutos no ano passado. A Conferência Estadual é um ótimo caminho para saber o que precisa ser feito, ouvindo as pendências de cada lugar do estado, respeitando as particularidades de cada município e quem vive ali”, disse a titular da Sejusc.
A presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim), Dora Brasil, avaliou que desde 2015 – ano da última Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres – até agora, a pauta das mulheres só aumentou. A líder da entidade argumentou que a violência ainda é o principal obstáculo a ser combatido pela sociedade e Poder Público, mas declarou que outras áreas também precisam de um olhar mais aprofundando.
“O país tem muitos problemas em relação à mulher enquanto participante ativa da sociedade. O principal deles e o que oprime os outros é a violência, mas, fora isso, temos uma pauta enorme, principalmente no âmbito do trabalho e saúde. A mulher não é uma coisa isolada da sociedade; é preciso que a sociedade como um todo melhore e mude”.
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