Empreendimentos voltados para as cidades do interior e para novos segmentos foram algumas das tendência detectadas nas pautas das seis reuniões do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam), que encerra o ano com um total de 197 projetos industriais aprovados que somam recursos na faixa de R$ 5.705 bilhões . A previsão é de abertura de 7.522 vagas no mercado de trabalho a partir da implantação dos projetos, um período estimado em até três anos.
No eixo fora da capital, foram aprovados projetos para as cidades de Manacapuru, Tefé e Iranduba, voltados para a produção de açúcar mascavo, ração, sorvete de açaí e beneficiamento de castanha, que somam cerca de R$ 11 milhões.
Em Manaus, segmentos promissores como a produção de equipamentos e sistemas para energia fotovoltaica começaram a ganhar espaço com o projeto da IGB Eletrônica orçado em R$ 24 milhões e 355 vagas.
O segmento de veículos elétricos (e-mobility), bicicletas, patinete e motonetas também despontou com investimentos acima de R$ 95 milhões injetados por empresas como Yellow Indústria, Motobike da Amazônia, Amazon Motors e Specialized Brazil.
Em comparação a 2018, quando foi apurado um volume de R$ 7,094 bilhões, houve uma redução no total de investimentos, mas a geração de emprego em 2019 foi maior – 7.522 – acima dos 5.197 aprovados em 2018. Em 2016, o Codam fechou o ano com investimentos de R$ 6,415 bilhões.
A sexta e última reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado do nAmazonas (Codam) em 2019, realizada nesta terça-feira, dia 10, na Fieam, registrou investimento recorde de R$ 2,276 bilhões distribuídos por 47 projetos e 1.850 vagas no mercado de trabalho no período de até três anos.
O destaque da pauta foi o projeto da Foxcom Moebg Indústria para a produção de aparelhos reprodutor de multimídia com tecnologia “over the top” por assinatura para uso de internet estimado em R$ 98 milhões. O grupo se compromete a gerar 179 empregos no mercado local. A Tec Toy submete aos conselheiros proposta para fabricação de triciclo elétrico com recursos de R$ 74,124 milhões e mão de obra de 48 trabalhadores.
Na avaliação do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) Jório Veiga, os resultados obtidos este ano via Codam são fruto dos eventos políticos e econômicos, sobretudo quanto a tramitação da reforma da previdência e articulações para a reforma tributária. “Houve também instabilidade no setor de componentes, o que gerou insegurança e retração nos investimentos”, acrescentou.
Para 2020, a expectativa é de um desempenho melhor na atração de investimentos com a reanimação da economia do País, e execução de projetos de expansão econômica do Estado com investimentos em setores promissores como agronegócios e bioeconomia.
REGIMENTO
Os conselheiros discutiram proposta que altera o decreto nº 14.181 de agosto de 1991, que instituiu o Regimento Interno do Codam. Entre as atualizações estão a revogação do representante das extintas Secretaria de Estado de Trabalho – Setrab, e de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), ambas incorporadas às Sedecti. Na próxima reunião do Codam, prevista para o dia 12 de fevereiro, a proposta de alteração do regimento do Conselho voltará a ser debatida e votada.
RECICLAGEM
O Codam também aprovou resolução que estabelece critérios para a concessão de incentivos fiscais para materiais e resíduos sólidos destinados à reciclagem. A proposta que altera a Resolução nº 2, assegura que as empresas do setor poderão obter incentivos fiscais mediante apresentação de projeto técnico econômico à Sedecti. A análise do projeto técnico pela Sdeceti fica condicionada à comprovação do atendimento das exigências referentes a normas técnicas para gestão e garantia de qualidade e gestão do meio ambiente, ambas definidas pela Organização Internacional para Padronização – ISO, mediante apresentação das certificações ISO 9.000 e ISO 14.000, sob pena de devolução ao interessado.